Após a Petrobras ter alertado o governo federal sobre o risco de o Brasil sofrer desabastecimento de diesel, o Palácio do Planalto avalia sugestão da estatal para elaborar plano de racionamento emergencial do combustível.
O diesel está com alta demanda no mercado internacional. No Brasil, atingiu o maior valor da série histórica, iniciada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2004.
Conselheiros da Petrobras se reuniram para debater eventual desabastecimento. De acordo com comunicado enviado ao governo, o mercado global de óleo diesel poderá ficar ainda mais pressionado nos próximos meses. Entre os motivos, a petroleira lista:
- o aumento sazonal da demanda mundial no segundo semestre;
- menor disponibilidade de exportações russas pelo prolongamento de sanções econômicas ao país;
- e eventuais indisponibilidades de refinarias nos Estados Unidos e no Caribe, com a temporada de furacões de junho a novembro.
Nas próximas semanas, a área técnica do governo federal deve se debruçar sobre o assunto e buscar alternativa para o problema. Entre as opções em discussão, está a de que sejam listados “serviços essenciais” em um eventual racionamento. Nessa hipótese, ambulâncias e transporte de grãos e alimentos teriam prioridade para receber o diesel.
Na última quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro tocou no assunto, demonstrando ter conhecimento do desafio que o governo terá para garantir abastecimento do país.
Ele afirmou que “pior do que a inflação é o desabastecimento”. E disse que o governo trabalha para não haver desabastecimento.
Deixe seu comentário