O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou na manhã desta quinta-feira em Moscou uma operação militar contra a Ucrânia, afirmando que não quer a “ocupação” do país, mas sua “desmilitarização”. Segundo o chanceler ucraniano, Putin iniciou uma “invasão em grande escala” contra o país.
Após semanas de tensão, Rússia agiu nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24). Explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do leste ucraniano.
“Tomei a decisão por uma operação miitar”, anunciou Putin em uma inesperada mensagem pela TV, denunciando um suposto genocício orquestrado pela Ucrânia contra a população de origem russa no Leste do país.
Várias cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev, que amanheceram ao som de sirenes de alerta. Informações não oficiais, que teriam partido do governo da Ucrânia, dão conta de que já haveria 7 pessoas mortas pelos ataques russos. Militares ucranianos também divulgaram terem abatido cinco aviões e um helicóptero russos na região de Luhansk, o que não foi confirmado pela Rússia.
Os centros de comando militares da Ucrânia na capital e em Kharkiv foram alvo de ataque de mísseis, informou o site de notícias Ukrainska Pravda, citando uma fonte do Ministério do Interior ucraniano. Segundo a Interfax, tropas russas entraram nas cidades portuárias de Odessa e Mariupol, o principal município sob controle de Kiev na linha de frente com os separatistas pró-Moscou no Leste do país.
O ataque começou enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reunia pela segunda vez nesta semana, com apelos dos países-membros para que Moscou não lançasse a ação. Vários países se apressaram em condenar a ação militar russa na Ucrânia, entre eles França, Portugal, Japão, Itália e Suécia. A China afirmou que está acompanhando de perto a crise e aconselhou seus cidadãos na Ucrânia a permanecerem em casa.
Na Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, classificou o ataque russo de “injustificado”.
“O presidente (Vladimir) escolheu uma guerra premeditada que vai causar uma catastrófica perda de vida e sofrimento humano”, disse Biden em uma declaração. “A Rússia sozinha é responsável pela morte e a destruição que esse ataque vai causar. O mundo cobrará contas da Rússia”, acrescentou Biden, afirmando que anunciará ainda nesta quinta, junto com os aliados americanos, mais punições à Rússia.
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