Um ladrão de celulares acabou detido, um mês depois do roubo, após cair em uma armadilha da tecnologia.
Segundo a Guarda Municipal de Betim, na Grande BH, que efetuou a prisão do homem na tarde desta quinta-feira (27), ele roubou um celular, conseguiu acessar o aparelho mesmo sem a senha da vítima, mas não imaginava que as fotos e vídeos que ele fazia com o aparelho caíam direto no e-mail do dono do celular.
“Ele conseguiu o código de acesso e, em vez de ‘resetar’ esse telefone, como é de costume desses meliantes, ele simplesmente comprou um novo chip e colocou no telefone. Com isso, a vítima conseguiu saber a localização dele”, disse Anderson Reis, comandante da Guarda Municipal de Betim.
A vítima, que preferiu não ser identificada na reportagem, contou que, desde o roubo, que aconteceu no dia 1º de janeiro, não tinha acessado o e-mail nem entrado em aplicativos. Até que, na semana passada, fez um acesso e viu uma galeria de fotos feitas pelo homem que estava com seu aparelho. E levou um susto:
“Todas as fotos que ele estava batendo estavam caindo no meu celular novo. Fiquei impressionado, eu falei: ‘Uai, quem que é esse cara aqui?’ . Ele estava usando minha corrente na foto”, contou a vítima.
Confissão do crime
Com esses valiosos dados em mãos, o homem fez um boletim de ocorrência e o suspeito acabou localizado pela Guarda Municipal da cidade. Uma das pistas ajudou muito: entre as fotos tiradas com o celular, havia um registro de agendamento de emissão de RG, com o nome do suspeito.
Mostramos a ele as fotos que ele havia tirado no telefone e ele acabou confessando ser o autor desse crime”, disse o comandante Anderson Reis.
Com o homem, foram encontrados, além do aparelho, a correntinha da vítima, que também tinha sido roubada, além de carteira, dinheiro e a faca usada durante assalto.
A Guarda Municipal disse que ele já tinha pelo menos dez passagens pela polícia por crimes como roubo, lesão corporal e descumprimento da Lei Maria da Penha.
Ouvido e liberado
O g1 Minas entrou em contato com a Polícia Civil para saber se ele continuou preso. A resposta foi que o suspeito foi ouvido pelo delegado, mas “em razão do tempo decorrido entre o crime praticado e a data da prisão do investigado, já não havia estado flagrancial e ele foi liberado, conforme previsão legal”.
Um inquérito foi instaurado, e a investigação está a cargo da 4ª Delegacia de Polícia Civil em Betim.
Informações do G1-Minas.
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