Sem união da direita, eleição pode terminar no primeiro turno


Por Jamesson Araújo.

Bolsonaro, Moro, e Lula.

Pesquisas recentes estão forçando a direita a se movimentar no sentindo de criar uma união e diminuir o número de pré-candidatos a presidente da república. Sem essa articulação, consequentemente o Partido dos Trabalhadores voltará a comandar o país.

Apesar de muitos Bolsonaristas tentarem desacreditar as pesquisas, vale ressaltar que algumas merecerem, outras trazem números reais, principalmente para o mercado que analisa quais rumos o Brasil está propenso a seguir e o que será mais factível para a economia.

O ex-ministro e ex-juiz, Sérgio Moro, conseguiu em pouco tempo uma crescente junto ao eleitorado, o que muitos não conseguiram em um ano de pré-campanha. Segundo o jornalista, Igo Gardelha, o grupo do ex-juiz tenta convencer ao pré-candidato do PSDB e atual governador de São Paulo, João Doria, a aceitar uma eventual vice. A união formaria uma terceira via forte!

O presidente Jair Bolsonaro acredita que pode surpreender como fez em 2018, principalmente sem acreditar nas pesquisas divulgadas pela imprensa, e aposta no anti-petismo que continua em alta. Claro que existe pesquisa de consumo interno do grupo do presidente. Talvez com números melhores para ele!

O número de apoiadores de Bolsonaro, apesar do fraco desempenho à frente da presidência, continua bom, entre 25 a 30%. Isso representa de 50 a 63 milhões de pessoas, uma fatia significativa do eleitorado Brasileiro.

Falar que Bolsonaro está com a eleição perdida, é desconhecimento político. Vale lembrar que nenhum dos pré-candidatos da direita imaginam se unir a Bolsonaro. Isso é um fato que pode decidir a eleição.

Para Bolsonaro a candidatura de Moro é nociva. O ex-juiz consegue tirar voto de Bolsonaro, abraça os eleitores descontentes, diminuindo o campo de crescimento do atual presidente.

A polarização entre Lula e Bolsonaro, antes colocada como inevitável, agora ganhou novos ingredientes com o crescimento de Moro e a movimentação da direita.

Será suficiente para tirar Bolsonaro do segundo turno ou evitar que a eleição termine no primeiro turno com a vitória de Lula?

Só o tempo dirá!