O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC) denunciou nesta segunda-feira (9) que a Delegacia de Cruz das Almas apresenta efetivo insuficiente para suas atividades, deixando os servidores vulneráveis.
O presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, apurou que a unidade possui apenas um investigador de plantão, quando o número necessário seria 4 para que fosse possível atender a população e realizar atividades como levantamento cadavérico e apuração de homicídios. Lopes chama atenção para o fato de que a unidade está com efetivo insuficiente por falta de servidores.
Eustácio apontou que a Delegacia de Cruz das Almas é uma unidade que armazena drogas, armas, inquéritos e onde ficam custodiados dois presos. Levantando o questionamento sobre a insegurança de servidores da unidade e dos custodiados, Lopes pediu à Delegada-Geral, ao Secretário de Segurança Pública e ao Governo do Estado que providenciem segurança para Delegacia de Cruz das Almas e que será solicitada ao Ministério Público do Estado da Bahia, ao Ministério do Trabalho e ao Poder Judiciário a interdição da unidade dada a inviabilidade da manutenção do trabalho.
Lopes exemplifica a situação insustentável ao pontuar o nível de vulnerabilidade a que se expõe o investigador da delegacia quando precisa se alimentar ou auxiliar um preso. O presidente do SINDPOC destaca que “colocar um policial em risco, sozinho, é brincar de polícia, é brincar de segurança pública. Não podemos aceitar esse descaso do Estado com a Polícia Civil da Bahia”.
Efetivo insuficiente nas unidades
Nos últimos concursos realizados para ingressar na Polícia Civil, houve um baixo índice de aprovações. Na edição de 2013, quando 800 vagas foram ofertadas, pouco mais de 400 vagas foram preenchidas, enquanto em 2018, cerca 300 vagas das 1000 disputadas foram ocupadas.
Eustácio analisa que, embora um novo concurso seja realizado, mais de 1000 servidores preenchem os requisitos necessários para se aposentar. Deste modo não haveria aumento de efetivo já que, dependendo da quantidade de vagas ofertadas e dado o baixo índice de aprovação dos últimos concursos, seria criado um déficit no quantitativo de servidores.
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