O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou na noite da última segunda-feira, 12, que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) entregou a ele alguns “papéis” para sustentar a denúncia de suspeita de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. O material teria sido entregue a Bolsonaro em 20 de março.
“Deixou alguns papéis lá, não entrei com profundidade se era ‘invox’ [invoice, nota fiscal internacional], se não era. Os papéis que ele deixou lá eu passei pra frente”, disse Bolsonaro após encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Segundo Bolsonaro, ele teria pedido que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apurasse o assunto.
Depois da fala de Bolsonaro, o deputado Luis Miranda divulgou uma nota na qual afirma que a fala de Bolsonaro ratifica suas denúncias. “A declaração do presidente só confirma o que dissemos desde o início (…) Denunciamos as irregularidades com a certeza de que as providências seriam tomadas. Como resultado, fomos atacados e caluniados publicamente”, escreveu.
“A demora na confirmação da verdade que trouxemos nos colocou no epicentro de uma crise que não provocamos. Nosso combate sempre foi contra a corrupção”, continuou Miranda. “Fiz o que minha consciência mandou e faria novamente, mesmo sabendo das consequências que estou enfrentando. Seria imperdoável não agir sobre qualquer indício de irregularidade na compra das vacinas”. ( Último Segundo)
Vídeo: Luís Miranda reafirma que tem como provar acusações que envolvem Bolsonaro
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