“Só Deus me tira da cadeira presidencial”, afirmou Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (15/4), durante live semanal que realiza nas redes sociais. O comentário foi uma resposta à informação de que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), explique os motivos por não ter analisado os pedidos de impeachment protocolados na Casa.
“Eu não quero me antecipar e falar o que acho sobre isso, mas digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e me tira, obviamente, tirando a minha vida. Fora isso, o que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar. Mas não vai mesmo. Não vai mesmo”.
A decisão de Cármen Lúcia foi tomada em um processo no STF que questiona o motivo de a Câmara dos Deputados ainda não ter analisado os mais de 100 pedidos de impeachment já protocolados contra Jair Bolsonaro. Segundo a Constituição brasileira, a decisão sobre a abertura – ou não – de um processo de impeachment cabe ao presidente da Câmara, que não possui prazo para tomar a decisão.
Caso Kajuru
Em outro momento da live, Bolsonaro voltou a dizer que o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) não pediu autorização para gravar a conversa entre os dois e o chamou de “maluco”. No último fim de semana, o senador divulgou uma ligação em que Bolsonaro sugere caminhos para interromper a CPI da Covid-19 que investigará a conduta do governo federal na pandemia.
“O senador Kajuru me ligou, foi uma conversa que eu teria com qualquer senador. Agora, o fato de gravar… No dia seguinte, ele me ligou novamente e falou que tinha cortado partes agressivas ao senador (Randolfe Rodrigues). Fiquei quieto, quando ele falou aquilo, vi que o cara me gravou e iria divulgar. Não vou discutir com maluco. Ele não pediu autorização para gravar uma ligação comigo”, afirmou Bolsonaro.
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