Em assembleia virtual realizada na noite desta terça-feira, 16, os Policiais Civis do Estado da Bahia deliberaram pela participação na mobilização nacional que será realizada para cobrar a vacinação dos trabalhadores da segurança e para demonstrar a insatisfação da categoria com a retirada de direitos imposta pela PEC 186.
Na região Nordeste, as polícias civis estão realizando Lockdown da Segurança Pública na próxima quinta-feira, dia 18 de março, no horário das 8h às 12h. Com isso, durante esse horário, a categoria estará de braços cruzados em toda Bahia, seguindo o movimento que também ocorrerá nos demais estados da região.
O Movimento é realizado pelo Feipol Nordeste, ( Federal Interestadual dos policiais Civis da Região Nordeste), aderida pelos policiais civis da Bahia por intermédio do Sindpoc Bahia.
Vídeo dos policiais Civis de Ilhéus prestando homenagem aos colegas que faleceram vitimas do Covid-19.
“Nós decidimos aderir ao Lockdown da Segurança Pública para mostrarmos à sociedade o tratamento injusto que é dado às forças de segurança em todo o território nacional. O Governo Federal enviou ao Congresso um projeto para congelar salários e impedir promoções dos policiais. Os senadores e deputados, por sua vez, aprovaram parte desses ataques aos direitos dos servidores, imputando grandes prejuízos aos policiais”, comenta Eustácio Lopes, presidente do SINDPOC.
O presidente da entidade lembra que os trabalhadores da Segurança convivem diariamente com os riscos da profissão e, diante da pandemia, mantiveram-se na linha de frente, pois exercem atividades essenciais.
“Somos essenciais no combate ao crime e até mesmo no enfrentamento à covid-19, combatendo aglomerações e mantendo as delegacias abertas com todas as atividades funcionando, pois os criminosos não fazem quarentena. Mesmo assim, não tivemos nenhum tipo de reconhecimento, nem mesmo recebemos prioridade na vacinação, como aconteceu com os profissionais da saúde. Ao contrário disso, fomos duramente atacados com a retirada de direitos. Por isso, vamos fazer o Lockdown da Segurança Pública para mostrarmos nossa insatisfação e para cobrar que os policiais sejam prioridade no recebimento da vacina”, completa.
Na assembleia desta terça-feira, também foi deliberado pela participação da categoria em uma paralisação nacional de uma hora, no dia 22 de abril, das 15h às 16h.
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