Instituto reforça campanha de combate ao trabalho escravo na região


Coordenador do Instituto Sorria, Jacson Cardoso Chagas.

Nesta quinta-feira, 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil. A data relembra a morte de auditores fiscais em Unaí, Minas Gerais, em 2004, enquanto trabalhavam na descoberta de práticas criminosas de relações de trabalho. No entanto, a situação de exploração em nosso país é muito anterior a essa data.

De acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, em 2020 foram resgatados 942 trabalhadores da escravidão contemporânea. De 1995, quando o Brasil reconheceu a persistência do trabalho escravo em seu território e o governo federal criou o sistema nacional de verificação de denúncias, até o final do ano passado, 55.712 trabalhadores foram resgatados.

“O Brasil tem um histórico escravista de quase 400 anos de exploração de mão de obra e isso sobrepôs a exclusão econômica com o racismo que a gente ainda vê na sociedade brasileira. Essas duas coisas andam juntas e continuam permitindo a exploração dessas pessoas ainda hoje.” afirma o coordenador do Instituto Sorria, Jacson Cardoso Chagas.

Ainda segundo o coordenador, a elaboração do Observatório Social para diagnóstico e denúncia sobre trabalho escravo é fundamental para aumentar as oportunidades das pessoas de forma a garantir que elas possam ter uma vida digna.

“O nosso objetivo é identificar locais de possíveis atividades de trabalho escravo, e com a ajuda da tecnologia podemos. Caso você desconfie de uma situação de trabalho escravo, pode denunciar anonimamente pelo aplicativo, site www.institutosorria.org.br e whatsapp (73 99856-8442).”

O Observatório Social para diagnóstico e denúncia sobre trabalho escravo é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), realizado pelo Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), em parceria com o Instituto Sorria, que fará a identificação de denúncias sobre a ocorrência de trabalho escravo no sul da Bahia.

Texto Andreyver Lima.