O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse em entrevista publicada hoje que aceitaria uma aliança do PT com todos os partidos, inclusive o PSDB, que não estiverem “corroborando” com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e “seus atos de truculência”.
Petistas e tucanos polarizaram as eleições presidenciais entre 1994 e 2014. Em 2018, Bolsonaro disputou o segundo turno com Fernando Haddad (PT). O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, terminou em quarto lugar no primeiro turno.
“Eu diria que [o PT poderia se unir com] todo mundo que não tiver corroborando com esse governo, com seus atos de truculência”, Rui Costa ao Jornal O Globo.
Para Costa, que também é presidente do Consórcio do Nordeste — projeto que visa a parceria entre estados da região para conversarem sobre conteúdos de interesse em comum —, se necessário, ele dialogará com outras siglas para discutir um projeto nacional.
“Quantos temas nós já chegamos e já discutimos com o [João] Doria (PSDB), com o Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande Sul. Não tenho nenhum problema em sentar com eles e conversar sobre pilares necessários à nação brasileira, o futuro deste país.
Democracia, transformação política e social você só faz com diálogo e com entendimento de conteúdo, de projeto. Se não você vai ficar eternamente refém de bancadas do “toma lá dá cá”. Como hoje o governo federal está fazendo. Criticava tanto e está fazendo”, explicou.
Eleições de 2022 e PT
Costa comentou que a declaração de Lula sobre o PT não ter um candidato à Presidência da República em 2022 está “sintonizada” com o seu pensamento sobre as eleições, mas diz que se a esquerda escolher o isolamento, vai piorar a crise no país. “Acho que se optarmos pelo isolamento, vamos aprofundar o pior para este país, correndo o risco inclusive da ambiência democrática. Aí não sei dizer o que será futuro do país”, analisou.
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