A parceria entre o Flamengo e o Banco de Brasília (BRB) está em apreciação e votação virtual pelos membros do Conselho Deliberativo do clube até esta segunda-feira. O polpudo contrato com validade de três anos e remuneração mínima de R$ 32 milhões a cada 12 meses traz curiosidades.
Por exemplo: há a previsão de ser instalado um caixa eletrônico do banco e também um posto de atendimento no Ninho do Urubu para atletas e comissão técnica. É uma maneira de tentar facilitar o dia a dia de quem se dedica ao futebol do clube, já que o BRB será o banco titular de toda a parruda folha salarial rubro-negra, que gira em torno de R$ 25 milhões mensais.
Para os funcionários da Gávea, o contrato prevê a instalação de uma agência bancária na sede com espaço de 22 metros quadrados cedido sem ônus pelo Flamengo. Atualmente, o BRB conta com apenas uma agência bancária na cidade, no Centro do Rio de Janeiro.
Os planos da instituição financeira, de economia mista, são altos com a parceria rubro-negra: 1,5 milhão de contas digitais, emissão de três milhões de cartões pré-pagos e no primeiro ano de contrato uma movimentação de transações financeiras estimada de R$ 5 bilhões. O banco conta atualmente com 750 mil clientes e terá acesso à plataforma de dados do programa de sócio-torcedor do clube.
O novo patrocinador rubro-negro terá direito a utilizar a imagem coletiva do time de futebol profissional com três atletas uniformizados duas vezes no ano e também em duas campanhas publicitárias a cada 12 meses de contrato. No backdrop – o painel com as marcas dos patrocinadores – do CT ou o utilizado em viagens, o banco terá direito a 20% do espaço total.
Há ainda direito a 50 ingressos de setor Leste do Maracanã, 600 camisas oficiais por ano, cinco vagas no “matchday” organizado pelo clube, 60 convites a cada ano de contrato para visitação do Ninho do Urubu, quatro ingressos para mascotes por jogo, 20 ingressos para camarote por jogo durante a vigência do contrato.
Caso o Flamengo descumpra parcialmente uma destas contrapartidas, a multa sobre a parcela vigente – serão três ao longo do contrato – sofrerá multa de 2,5%. Caso descumpra totalmente, a multa vai a 5%.
A plataforma digital dedicada a ser criada e nomeada pelas partes, com divisão dos lucros de forma igual a partir de R$ 64 milhões, será gerenciada por um comitê gestor e um comitê tático e operacional, que deverão ser criados tão logo o acordo seja aprovado no Conselho Deliberativo. O contrato, neste caso, entra em vigor no dia 1º de julho, e a partida contra o Boavista, pelo Campeonato Carioca, já deve contar com a imagem do BRB no uniforme rubro-negro.
Matéria de Pedro Henrique Torre/ESPN.
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