Mário Alexandre diz que governa uma cidade considerada por opositores como ingovernável


O prefeito relatou que seu antecessor disse, na época, que Ilhéus era uma cidade ingovernável, um “Vietnã”, e que não conseguiria sequer liquidar a folha de pagamento.

Eleito com a promessa de pensar o longo prazo, o prefeito Mário Alexandre (PSD), parece manter, com pouco mais de dois anos e meio de mandato, a ideia de que é preciso planejar a cidade para o futuro, mesmo que isso custe críticas e desgaste com a sociedade. Relatou que seu antecessor disse, na época, que Ilhéus era uma cidade ingovernável, um “Vietnã”, e que não conseguiria sequer liquidar a folha de pagamento.

Em entrevista concedida hoje (19), ao comunicador Vila Nova, do programa O Tabuleiro, na Ilhéus FM, ele demonstrou impaciência com questões que considera menores no cotidiano ilheense, mas destacou sua persistência e obstinação em trabalhar para colocar Ilhéus nos trilhos do desenvolvimento, considerando áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura. Confira a seguir a primeira parte da entrevista.

“Muitos se ocupam em fazer pesquisas e se concentrar nelas. Eu faço pesquisa, acho importante, porém, extraímos o que ela sugere como deficitário e atuamos para melhorar. Acompanho as notícias, estou nas redes sociais, compartilho aquilo que é bom, porém, vejo que o debate público está contaminado, muita brincadeira, Fake News, um desserviço à população. Infelizmente alguns perderam a grandeza do horizonte”, justificou.

Politicagem – Ao fazer um breve retrospecto de sua atuação à frente do Executivo Municipal, afirmou que colocou a ‘casa em ordem’ com valorização do servidor, reajuste de salário, aumento em 100% no ticket alimentação e os avanços nas áreas pouco ou nunca mexidas por outras gestões. “Quando fui eleito sabia que a cidade tinha muitos problemas, mas resolvi encará-los de frente, com políticas públicas de melhoria da vida do nosso povo”.

“Embora não se deva acreditar em pesquisa não registrada, devo está incomodando bastante, pois nem sequer um atendimento médico voluntário posso realizar, achando que é antecipação de campanha. Se meu nome for escolhido para reeleição estarei pronto, se não, estarei para apoiar, mas, nossa discussão é evitar a máxima do ‘quanto pior melhor’, afinal, isso não é bom, nem para Marão e nem para o cidadão”, salientou o prefeito.

Ele destacou ainda sobre a ausência hoje de um grupo político que represente o município de Ilhéus na Assembleia Legislativa da Bahia. “Foi com esse apoio que realizamos o planejamento estratégico para melhoria das estradas rurais, a Upa24h, Unidades Básicas de Saúde, ambulâncias e asfalto. Ainda colhemos os frutos oriundos de emendas propostas pela ex-deputada Ângela Sousa (PSD), entre outros”.

Na conversa com o comunicador, Mário comentou sobre a entrevista do ex-deputado federal, Bebeto Galvão (PSB), realizada na última semana. Uma das principais ‘queixas’ do político, segundo Vila Nova, é que o prefeito não divulgava o volume de verbas destinadas à cidade, por meio de seu mandato, e que o governo ilheense não teve o devido cuidado com as empresas contratadas para a execução das obras, além de acusar o prefeito de manter relação incestuosa com as mesmas.

Resposta ao Bebeto – “Muitos aliados do PSB estão apoiando nosso governo. Há mais de vinte anos o município mantém contratos com essas empresas, e não seria por causa de dois anos que não deixaria de contratá-las. Então, a relação incestuosa não tem a ver comigo. Foi infeliz nas suas colocações, mas estou de portas abertas. Sempre agradeci ao deputado Bebeto por suas emendas em diversas áreas”, manifestou o prefeito.

Mário Alexandre registrou que a marca da sua gestão leva o selo da transparência. Detalhou ainda que recebeu aprovação do governo baiano, quando pela primeira vez na história, Ilhéus presta conta de convênios celebrados. “Resgatamos a Orla Sul depois de doze anos de obras paralisadas, a Rua Ouro Verde e seu entorno, porém, dependemos das liberações dos recursos justamente para que não se diminua o ritmo das obras”.

Quando perguntado sobre a paralisação do Asfalto Legal no Nossa Senhora da Vitória, o gestor lembrou que a localidade não recebia melhorias havia 30 anos, mas explicou que o motivo da interrupção temporária se deve aos processos ‘burocráticos’, na sua avaliação. “Tão logo finalize esses trâmites, voltaremos a asfaltar a zona sul, como temos feito no Nelson Costa, Hernani Sá e é claro que seguimento na Rua Matriz até a nova ponte”.

“Continuo afirmando que, independentemente do desgaste que todo prefeito mudancista passa, assumi essa missão e vou com ela até o fim, pois prefeito de Ilhéus que se preze não mora em Salvador e não foge pelas portas do fundo, como faziam no passado. Prefeito acompanha o dia a dia da população, visitando obras, participa de mutirões e ouve a população. Fazemos as mudanças que propomos, pois elas apontam para uma Ilhéus mais pujante, justa e melhor para se viver”, sublinhou o prefeito.