Defesa Civil: não há risco de novo rompimento de barragem


Imagem Secom/Governo do Estado da BA.

A Defesa Civil na Bahia informou que estudos feitos na barragem Lagoa Grande, no município de Pedro Alexandre, atestam que não há risco de rompimento no local. Na última quinta-feira (11), a cidade vizinha Coronel João Sá foi invadida pelas águas do Rio do Peixe após o transbordamento e o rompimento da barragem Quati, também localizada em Pedro Alexandre.

Em entrevista , o coordenador da Defesa Civil em Coronel João Sá, Diego Santos, explicou que uma vistoria realizada na barragem Lagoa Grande indica que o local “está sem risco” de também romper, provocando nova cheia do Rio do Peixe e, consequentemente, outra inundação no município.

Governador visita cidade atingida 

Governador Rui Costa durante visita as áreas atingidas pelo rompimento da barragem.

O governador Rui Costa visitou o município de Coronel João Sá e também da cidade de Pedro Alexandre. Acompanhado do secretário de infraestrutura do Estado, Marcus Cavalcanti, e do secretário de saúde, Fábio Vilas Boas, o governador visitou as ruas afetadas, conversou com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Francisco Teles, e se reuniu com o prefeito de Coronel João Sá, Carlos Sobral.

“O que está acontecendo é o colapso de muitos pequenos barramentos feitos em propriedades privadas, que vão rompendo e formam um efeito cascata e uma onda de água. Nossa medida imediata foi trazer aqui o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Defesa Civil; trouxemos máquinas e equipamentos para desobstruir bueiros, facilitar o deslocamento da população. Agora vamos monitorar os outros pequenos barramentos para que a eventual elevação da água não comprometa a vida de ninguém tomando, inclusive, medidas para a prevenção da saúde das pessoas”, declarou o governador durante a visita.

De acordo com o prefeito Carlos Sobral, foi decretado estado de emergência na cidade, que já estava em estado de emergência por conta da estiagem. De acordo com o Corpo de Bombeiros, aproximadamente 500 famílias desalojadas foram encaminhas para escolas e ginásio de esportes.

Casas interditadas

A expectativa, de acordo com o coordenador, é que mais de uma centena de residências particulares sigam interditadas em Coronel João Sá. Segundo ele, após o escoamento da água que inundava a cidade, foi verificado que há muitas casas que aparentam risco por causa de rachaduras e precisam ser avaliadas.

Santos destacou que moradores que tiverem voltado para residências consideradas sob risco terão de retornar aos abrigos, onde estão sendo fornecidos colchões, mantimentos em geral e refeições.

“A alimentação é preparada pelas cozinheiras das escolas, que estão servindo de abrigo. As aulas estão suspensas”, informou. De acordo com ele, além da supervisão das casas e do atendimento das pessoas desalojadas, a defesa civil e o corpo de bombeiros trabalham na remoção de entulho e lixo provocados pelo alagamento.