Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a Cultura do Cacau é debatido em Salvador


Durante o encontro foi apresentado o estudo do ZARC para o cacau. Foto SDR.

A validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a Cultura do Cacau (ZARC Cacau) foi debatida em reunião realizada nesta quarta-feira (12), no auditório da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O encontro contou com a participação de dirigentes e equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

“A validação desse zoneamento será fundamental para viabilizar o acesso ao crédito de agricultores familiares baianos, produtores de cacau, e para a execução do Plano Operacional para o Cacau e Chocolate da Bahia 2018 – 2022”, observou o chefe de gabinete da SDR, Jeandro Ribeiro.

Durante o encontro foi apresentado o estudo do ZARC para o cacau, com enfoque nos parâmetros de clima, solo e ciclos, a partir de uma metodologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O ZARC é considerado uma das ferramentas mais utilizadas pelos sistemas bancário e securitário, para concessão de crédito e avaliação de seguro rural.

Plano Operacional para o Cacau e Chocolate da Bahia 2018 – 2022

Para fortalecer a cadeia produtiva do cacau, o Governo do Estado vem investindo em ações voltadas para a melhoria da qualidade da amêndoa de cacau, incluindo escolha das mudas, adubação, preservação ambiental, recomposição de áreas, construção de casa de fermentação, estrutura de secagem, ampliação de agroindústrias, regularização fundiária, acesso ao crédito, agregação de valor à produção e assistência técnica e extensão rural (Ater). Os investimentos estão sendo aplicados, direta ou indiretamente, em empreendimentos da agricultura familiar nos territórios de identidade Baixo Sul, litoral Sul, Extremo Sul, Vale do Jiquiriçá, Costa do Descobrimento e Médio Rio das Contas.

O plano, que atenderá cerca de 20 mil agricultores, prevê o desenvolvimento de ações estratégicas que permitirão elevar, em cinco anos, a produção de cacau na Bahia para 240 mil toneladas/ano, até 2022, e consolidar a fabricação de chocolates finos com certificado de origem da Bahia, por meio da instalação de agroindústrias. Entre os produtos e subprodutos do cacau, além do tradicional chocolate, estão geleias, doces, mel de cacau, licor, polpa para suco e nibs.