Neste 22 de abril, o campus Professor Soane Nazaré de Andrade, da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus/Bahia, completa 45 anos de sua criação e comemora a data com uma notícia que reflete a sua importância para o desenvolvimento científico brasileiro: a UESC está entre as nove universidades estaduais do Brasil com mais artigos científicos publicados, situando-se também como a primeira entre a estaduais da região Nordeste do Brasil e a 60ª no ranking das 100 universidades e instituto do Brasil com mais artigos científicos.
O número consta no relatório Research in Brazil, disponibilizado pela Clarivate Analytics à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O documento traz o desempenho da pesquisa brasileira em um contexto global entre os anos 2011 e 2016. Os dados foram obtidos do InCites, plataforma baseada nos documentos (artigos, trabalhos de eventos, livros, patentes, sites e estruturas químicas, compostos e reações) indexados na base de dados multidisciplinar Web of Science – editada pela Clarivate Analytics (anteriormente produzida pela Thompson Reuters).
A reitora Adélia Pinheiro ressalta que “esse bom indicador da UESC é resultado de um conjunto de ações iniciadas com a qualificação e a competência dos professores/pesquisadores aliado ao programa de qualificação de docentes da Universidade que os apoia, do suporte à pesquisa e produção do conhecimento através dos investimentos em bolsas do programa de IC, de revisão e tradução de artigos, como também do pagamento pela instituição das taxas de publicação desses artigos.”
O relatório traz informações sobre as universidades líderes na área da pesquisa no país. Os critérios analisados foram: a quantidade de documentos produzidos, o impacto da citação, artigos no top 1% e 10% dos mais citados no mundo, colaboração com a indústria e organizações internacionais.
O número de citações que uma publicação de pesquisa recebe reflete o impacto que teve em pesquisas posteriores. As publicações científicas citam documentos anteriores para validar uma contribuição intelectual. Portanto, pode-se dizer que uma publicação (ou uma coleção de publicações) com uma contagem de citações mais elevada teve um impacto maior no campo de conhecimento ao qual se relacionou.
Só as públicas produzem no Brasil
O relatório demonstra que, praticamente, não há produção científica em instituições privadas no Brasil. Entre as 20 instituições que mais produziram papers e que mais tiveram impacto estão 15 universidades federais e 5 universidades estaduais. A Universidade de São Paulo (USP), estadual, lidera a produção quantitativa, enquanto a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), também estadual, é a que a produção tem maior impacto. O relatório mostra que as universidades públicas produzem artigos científicos altamente citados e que alcançaram boas taxas entre 1% dos papers mais citados do mundo.
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