Para o governador Rui Costa, as Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Bahia e de Sergipe estão acima do interesse comercial da Petrobras, detentora das unidades fabris. Este argumento foi apresentado durante encontro de Rui Costa, do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e dos senadores dos estados com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na tarde da quarta-feira (10), em Brasília.
A petroleira anunciou o fechamento das unidades no início de 2018 e, desde então, os estados lutam para a manutenção das operações. “A Fafen é estratégica para o país! Somos um dos maiores do mundo em produção de grãos e proteínas, e, se queremos continuar, nós precisamos investir na produção de fertilizantes”, explicou o governador da Bahia. Isso porque o gás que é utilizado para produção de fertilizantes nitrogenados (químicos) favorece a produção de grãos e proteínas.
Rui afirmou ainda que o Brasil precisa olhar a venda de gás para a produção de fertilizantes e para viabilizar diversas outras indústrias, não apenas como combustível para queimar. “Acho que esta posição fala muito mais forte do que um interesse específico da Petrobras”, disse.
A defesa dos empregos, da renda, da agricultura e da pecuária, feita pelo governador da Bahia, também refletiu a posição do governador de Sergipe, que reforçou ao ministro a importância de sua pasta intervir definitivamente na situação. Bento Albuquerque, por sua vez, se comprometeu a ajudar.
O senador Jaques Wagner também participou do encontro com o ministro e argumentou que a fábrica é importante para todo o Polo Petroquímico de Camaçari, a economia baiana e do Brasil. “O ministro está totalmente inteirado da questão da Fafen. Tem grupo de trabalho que se empenha para encaminhar um acordo com a Petrobras”, afirmou o senador.
O próximo passo do Governo da Bahia é se reunir com a direção da Petrobras para buscar um desfecho positivo para negociação.
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