Ilhéus: Sem educação e saúde, moradores de Banco Central reclamam do abandono por parte do poder público

Em contato com a redação do Blog Agravo, pais denunciaram a falta de aulas na escola do distrito de Banco Central, município de Ilhéus. Segundo eles, alunos do fundamental 1 e 2 estão sem aula desde a última quinta-feira, pós carnaval.

Segundo os pais, a Prefeitura alega falta de transporte escolar, para suspensão das aulas. Recentemente moradores do Assentamento Ressurreição realizaram protestos e apreenderam um ônibus, depois que a empresa retirou um micro-ônibus, que levava estudantes da comunidade para escola de Banco Central.

A secretária Municipal de Educação de Ilhéus, Eliane Oliveira confirmou a informação ao Blog Agravo, e afirmou que a rota dos distrito de Banco Central vem sendo atendida desde o início do ano letivo, mas a rota da comunidade Ressurreição, não estava no planejamento da pasta.

“Colocamos no assentamento uma escola, uma professora de 40 horas que é contratada, os alunos estudam lá mesmo, Tem outros alunos da redondeza que vão para Banco Central e outros vêm para sede do município por que não querem estudar lá”, salientou a secretária.

Depois de protestos da comunidade e apreensão de um ônibus, a secretaria de educação chegou a um acordo com os pais que iria suspender as aulas por dez dias até a criação de uma rota junto à empresa que faz o transporte escolar.

“Disseram que em 10 dias a situação seria resolvida. Como não resolveu, não está tendo aula na sede devido a ameaça dos moradores do assentamento, que se começar as aulas e não tiver ônibus para buscar as crianças lá, vão acampar na escola. Não tem aula nem lá, e nem cá” desabafou o pai.

Posto de Saúde fechado

Divulgamos uma matéria em fevereiro de 2018, sobre a situação da falta de atendimento médico no distrito. Mais de um ano depois, a situação piorou.

A única ambulância da localidade, foi retirada há 45 dias. E o posto de saúde continua sem médico e enfermeiros. Moradores de Banco Central já não sabem mais a quem recorrer. “ Já falamos com a Prefeitura, com secretários, vereadores e nada foi resolvido”, explicitou morador por intermédio das redes sociais do Blog Agravo.