O carioca Jaques Wagner, chamado pelo compadre Lula de Galego, iniciou sua careira política na Bahia como sindicalista no Polo Petroquímico de Camaçari.
Elegeu-se Deputado Federal e Governador por dois mandatos e ainda elegeu o seu sucessor, o então desconhecido Rui Costa.
Foi Ministro do Trabalho, da Defesa e da Casa Civil nos Governos de Lula e Dilma.
Com a prisão de Lula, o Galego foi cogitado para ser o seu sucessor na corrida presidencial, proposta recusada por ele em virtude de uma vitória certa para o Senado Federal.
Defendeu no PT, o apoio à candidatura de Ciro, o que o deixou isolado entre os caciques petistas de São Paulo.
Considerado um excelente negociador, tem mantido um arco de aliança que permitiu quatro mandatos seguidos do PT na Bahia.
Ao chegar no Senado, articulou a candidatura de Renan á Presidência do Senado, não sendo apoiado pelos dois senadores baianos, Oto Alencar e Ângelo Coronel, este último se lançou também candidato.
Em meio ao tumulto da eleição, onde até voto a mais em favor de Renan apareceu, pressionado por mais de 30 senadores que exigiam voto aberto, Jaques Wagner bate boca, presencia a renúncia de seu candidato e a vitória em primeiro turno de Davi Alcolumbre do DEM. Começava ali, sua descida ao porão.
Na eleição para a composição da Mesa diretora do Senado, o poderoso, articulado e respeitado Jaques Wagner, é eleito como 3º suplente, isso mesmo, o Galego sai do sótão da República e chega ao porão do Senado.
Essa trajetória de Wagner, reforça a frase de Magalhães Pinto, que “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou”.
Precisamos entender, se a história é cíclica, o poder é mais ainda. A sua alternância é fundamental para o fortalecimento da Democracia. Para os que consideram que controlam o poder e a politica local, fiquem atentos aos desdobramentos da história.
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