Lamentável a situação partidária da UESC


Editorial

Uma das instituições educacionais mais respeitáveis da Bahia, à Universidade Estadual de Santa Cruz virou local de intolerância política e perseguição ao direito do cidadão. Em menos de 72 horas três casos na UESC viralizaram nas redes sociais, e mostraram realmente quem veste a camisa da intolerância, quem não aceitam as decisões de opiniões divergentes, e tentam ganhar no grito.

Uma foto com estudantes apoiadores de Bolsonaro na UESC, em um reduto esquerdista, gerou a revolta de militantes pró-Lula, e recebeu a conivência da diretoria da instituição, que soltou uma nota afirmando que iria apurar o caso e que “as medidas legais pertinentes serão adotadas”.

Só que na mesma UESC, antes mesmo dos atos dos militantes de Bolsonaro, outros estudantes, dessa vez com ideologias esquerdistas aparecem em fotos dentro da instituição promovendo atos políticos. Cadê a nota da reitoria da UESC sobre o assunto? Dois pesos e duas medidas?

Infelizmente há outro relato; uma estudante foi massacrada com palavrões, passou por humilhação pública, apenas porque estava usando uma camisa com Brasão do Brasil e o nome de Bolsonaro. Quem são os intolerantes e violentos?

O que vemos é uma tentativa explícita de perseguição implacável à linha política.

Não são só estudantes que estão na mira dos intolerantes. No município de Ilhéus, comerciantes que apoiam o candidato do PSL, são listados nas redes sociais e tem uma campanha de boicote comercial.

Que democracia estamos vivendo, do Brasil ou da Venezuela?

A liberdade de expressão, sobretudo sobre política e questões públicas é o suporte vital de qualquer democracia e não podem ser sufocadas por uma minoria raivosa com a conivência de instituição pública.