Em sabatina, Ciro se contrapõe a PT e PSDB e diz que “Alckmin deixa roubar”


O presidenciável Ciro Gomes (PDT) Foto: Adriano Machado/Reuters.

Críticas ao PT e ao PSDB, seus adversários diretos na briga pela Presidência, marcaram nesta segunda-feira (3) a sabatina do candidato do PDT, Ciro Gomes, promovida pelo UOL em parceria com a Folha e o SBT.

O pedetista buscou se contrapor a petistas e tucanos ao fazer críticas diretas a figuras como os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, bem como ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e ao ex-governador e presidenciável tucano Geraldo Alckmin.

Sobre o adversário e ex-governador de São Paulo, Ciro foi mais ácido ao afirmar que “Alckmin deixa roubar” – referindo-se a como agiria no combate à corrupção e ao defender que medidas de punição a eventuais casos de corrupção no governo “têm que valer para todo mundo”.

“O presidente da República tem que dar exemplo. A tarefa do chefe de Estado não é só não roubar, é não deixar roubar. Eu não tenho dificuldades, sabe, com as questões escandalosas que envolvem o Alckmin, mas é flagrante que ele deixa roubar. Não é brincadeira, é flagrante que ele deixar roubar”, disse, sem entrar em detalhes.

Indagado sobre as declarações de Ciro, durante entrevista coletiva concedida hoje em São Paulo, Alckmin afirmou que “Ciro Gomes é um irresponsável”.

Sobre os adversários, o presidenciável do PDT também se classificou como alguém que transforma a eleição, “ao contrário do FHC e do PT”, ao apresentar “ideias, propostas, caminhos concretos para o Brasil”. Entre as propostas apresentar “ideias, propostas, caminhos concretos para o Brasil”. Entre as propostas apresentadas, Ciro prometeu revogar medidas tomadas por Michel Temer (MDB), cujo governo classificou como “a cabeça da canalhocracia do Brasil”, e mirou pontos como a reforma trabalhista e a PEC do Teto de Gastos.

“Eu imagino que da agenda da estratégia de mudança, a única que deve ir a plebiscito é a reforma da Previdência. O FHC não propôs nenhuma reforma relevante para o país. Qual foi a reforma que o Lula propôs para o Congresso?”, indagou. Ex-ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional do governo Lula, além de ser irmão  do ex-ministro da Educação de Dilma, Cid Gomes, Ciro também não poupou críticas à ex-presidente, deposta do cargo em agosto de 2016 em um processo de impeachment.

Ao site O Antagonita, Geraldo Alckmin chamou Ciro Gomes de “aloprado fujão”. Ele disse também que o candidato do PDT “presta um desserviço ao debate eleitoral” ao se recusar a responder sobre as denúncias contra seu irmão, que foi delatado por Joesley Batista.

*Com informações do Uol e do Antagonista.