Por Jamesson Araújo
Há sinais da política que só quem está na política, ou analisa política, pode detectar.
O presidenciável Jair Bolsonaro alcançou números inimagináveis e já extrapolou a linha imaginária das pesquisas eleitorais taxadas pela oposição.
Nesta segunda-feira (20) mais uma pesquisa eleitoral divulgou que Lula está na frente e Bolsonaro em segundo lugar com uma distância de 17 pontos. Nas duas situações com Lula e sem Lula, acredito que o resultado será o mesmo.
Vou confessar uma coisa: não confio em pesquisa eleitoral contratada por partidos e empresas de mídias atreladas a um ou outro grupo político. Conheço como funciona o sistema de coleta de dados.
Por que não confio? Quem não se lembra da eleição para o governo do estado da Bahia de 2006? Naquela ocasião, era Paulo Souto o favorito, no indicativo das pesquisas. Jacques Wagner contrariou os prognósticos, venceu no primeiro. A história aconteceu novamente , repetindo o mesmo roteiro em 2014: Rui desbancou Souto e ACM Neto, vencendo no primeiro turno.
A polarização tão sonhada pelo PSDB e PT, tem um problema chamado Jair Bolsonaro. Com toda guerra midiática contra o capitão, ele continua crescendo, e já se vê nas ruas simpatizantes e eleitores em números que não condizem com as “abstratas” pesquisas, principalmente no Nordeste. Se as pesquisas nacionais estão dando 20% a Bolsonaro, é por que os números já alcançaram 38 a 40%.
Outro dado importante e conflitante colocado pelas pesquisas na mídia e comemorado pelos opositores de Bolsonaro, é a rejeição. Só que se analisarmos os números da eleição de 2014, Dilma (PT) tinha 36% de rejeição dos eleitores que declararam que não votariam na petista de jeito nenhum. Vale lembrar que Dilma no primeiro turno obteve 41,59%, e no segundo chegou 51,6%. Quem ganhou a eleição ?
Muitos dizem que Bolsonaro não chega ao segundo turno. Então por que quase toda mídia anda desesperada disparando ataques diários contra o candidato do PSL? Como se diz na política “ Ninguém bate em cachorro morto”, e sabem que há uma possibilidade de a eleição não ter segundo turno.
Bolsonaro só sai desta disputa eleitoral se houver algum grande desastre político, ou tragédia igual a de Eduardo Campos.
O candidato é o único até o momento que consegue conquistar com discurso simples e direto, e falando o que a maioria quer ouvir. Mesmo que muitas das vezes sejam polêmicas e gerem discórdias.
Em janeiro deste ano, o amigo do Blog do Gusmão, Thiago Dias publicou uma nota sobre a minha aposta que Bolsonaro leva as eleições. Naquele momento poucos apostavam no crescimento e na vitória de Bolsonaro. Hoje a perspectiva é real!
Eu acho que o tempo de TV dificilmente vai reverter a eleição deste ano, pois a internet e as redes sociais já se mostraram muito mais agudas nas definições eleitorais. Felizmente ou infelizmente, provavelmente teremos Bolsonaro presidente do Brasil, e será um voto de esperança misturado com a revolta do brasileiro. Minha aposta é que não teremos segundo turno.
07 de outubro é logo ali, e estou curioso para ver o que as mídias vão dizer sobre as perspectivas protagonizadas pelas pesquisas eleitorais, depois do resultado oficial. Será que os números vão bater?
Deixe seu comentário