Através de iniciativa da secretaria municipal de Cultura (Secult), a Prefeitura de Ilhéus restaura um dos mais importantes monumentos artísticos da cidade, a estátua de Sapho, instalada na Praça J.J. Seabra, no centro histórico. A obra, que retrata a lendária poetisa grega, foi esculpida em mármore de Carrara e adquirida para a cidade, por meio de leilão, no primeiro mandato do então prefeito Mário Pessoa da Costa e Silva, entre 1924 e 1927.
“Estamos fazendo um trabalho de higienização do monumento e pintura de sua base, com o artista plástico Roberto Shaolin. Como a estátua foi elaborada com mármore de Carrara, não pode ser pintada, por isso fazemos uma lavagem cuidadosa. Iremos pintar apenas a base e o gradil”, declara o secretário de Cultura, Pawlo Cidade.
Em abril deste ano, a praça JJ Seabra foi pauta de um artigo do Blog Agravo devido ao abandono que se encontra. (Clique aqui)
História – A escultura de Sapho é considerada uma peça rara, que desperta a curiosidade dos estudiosos. Ela foi instalada na Praça J.J. Seabra, no coração da cidade, em frente a monumentos arquitetônicos como O Palácio Paranaguá e o prédio da Associação Comercial de Ilhéus (ACI), e se constitui em um dos atrativos turísticos do município.
Contam os historiadores que, em 1924, um navio cargueiro de bandeira grega encalhou próximo ao Porto de Ilhéus, e quando conseguiu ser rebocado não tinha mais dinheiro para seguir viagem. Assim, o seu capitão resolveu leiloar a carga para angariar fundos e então partir. O então prefeito Mário Pessoa, arrematou a estátua de Sapho, entre outras peças importantes, e a colocou na frente do monumental Palácio Paranaguá para personalizar o Paço Municipal.
Sapho foi uma poetisa grega, que viveu entre os séculos VII e VI a.C. e morava na ilha de Lesbos. É considerada a primeira mulher que lutou por direitos iguais aos do homem, numa época em que a Grécia sustentava uma sociedade machista, cuja democracia privilegiava os seres do sexo masculino que se dedicavam ao pensar. Ela viveu também grande parte de sua vida em Mitilene e também na Sicília, onde ficou exilada por razões políticas.
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