Tentando atrair apoio do chamado Centrão para sua campanha nas eleições 2018, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, se comprometeu a pedir desculpas a integrantes do DEM. Nesta quinta-feira, 28, o secretário-geral do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), disse ao Estadão que aceita o pedido de desculpas de Ciro Gomes. Faz uma exigência, no entanto: que as desculpas ocorram no mesmo ambiente público em que Ciro o atacou.
Pauderney processa Ciro por injúria porque, em 2016, durante uma palestra, o hoje pré-candidato do PDT disse que o então líder do DEM tinha sido “corretor de Fernando Henrique Cardoso” na suposta compra de votos pela aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição de presidentes da República, governadores e prefeitos.
Em novo aceno para os democratas, Ciro se comprometeu a telefonar para Avelino e disse que não há “nenhum problema” em fazer o pedido publicamente. “Falei para o ACM Neto (presidente do DEM): faça a lista de quem você achar que eu preciso ligar que eu ligo, sem nenhum problema”, declarou Ciro, após dar uma palestra para investidores da corretora XP, em São Paulo.
O pedetista admitiu que “às vezes” é “muito duro” em suas afirmações, mas disse que nunca teve o objetivo de ofender ninguém.
O agrado, no entanto, não foi o mesmo com o ex-ministro Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB, que divulgou um vídeo atacando Ciro e Bolsonaro e classificando o presidenciável do PDT como aquele que quer resolver as coisas “no grito”. Ciro disse que tudo o que a equipe de Meirelles usou no vídeo foi “picado” e tirado do contexto.
Ainda na costura de alianças eleitorais, Ciro sinalizou que espera uma confirmação do apoio do PSB para sua candidatura, após fazer uma viagem a Pernambuco e se encontrar com o governador Paulo Câmara e com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.
*Informações do Estadão.
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