Os negros, considerados mercadorias, eram obrigados a atravessar o Atlântico nos porões dos navios. Essa situação de violência e desumanidade foi retratada pelo poeta Castro Alves, no poema O Navio Negreiro. E, inspirado pelo poema baiano, o artista alemão Hansen Bahia retratou este período histórico na obra “Caminho das Lágrimas”.
Tanto o poema de Castro Alves, quanto à obra de Hansen serviram como referência para criação da exposição itinerante O Navio Negreiro – Castro Alves e Hansen Bahia. A mostra está visitando algumas cidades baianas e depois de passar pela cidade de Porto Seguro será apresentada aos ilheenses, no Teatro Municipal de Ilhéus, de 23 de março a 01 de abril.
Durante a exposição, acontece na sede da Secretaria de Cultura de Ilhéus oficinas de xilogravura, ministrada pelo artista plástico Zimaldo Baptista Melo. As atividades ocorrerão nos dias 26 (manhã e tarde) e 27 (manhã). Formado em Artes Visuais, pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Zimaldo Baptista foi um dos participantes da XI Bienal do Recôncavo da Bahia.
Projeto do Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade da Fundação Pedro Calmon (FPC), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, a exposição teve a curadoria de Ayrson Heráclico e já passou por Salvador, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Alagoinhas, Juazeiro, Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista e Porto Seguro.
Para o diretor do CMB, Rafael Fontes, as obras de Hansen provoca no público a reflexão sobre o que foi a escravidão, “a história precisa ser pensada e discutida nos dias de hoje. Por isso, a exposição itinerante leva às cidades oficinas, debates e discussões sobre o que foi a escravidão”, disse Rafael. As cidades de Itabuna, Valença e Cachoeira ainda receberão a mostra este ano.
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