MP apoia projeto de apadrinhamento de crianças e adolescentes institucionalizados em Ilhéus


O projeto ‘Apadrinhamento Afetivo – Afeto que transforma vidas’, promovido pela Vara da Infância e Juventude, com a parceria do Ministério Público estadual.

Crianças e adolescentes institucionalizados, com remotas chances de adoção ou de retorno à família de origem, já podem ser acolhidos por padrinhos e madrinhas voluntários em Ilhéus. O projeto ‘Apadrinhamento Afetivo – Afeto que transforma vidas’, promovido pela Vara da Infância e Juventude, com a parceria do Ministério Público estadual, foi lançado na noite desta quinta-feira, dia 28, no município. Inicialmente, 35 crianças e adolescentes abrigados, com idade entre 8 e 17 anos, poderão ser apadrinhados. A procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado prestigiou o lançamento do projeto, que terá a participação efetiva do MP, por intermédio da promotora de Justiça Maria Amélia Sampaio Goes.

A iniciativa do ‘Apadrinhamento Afetivo’, que foi inspirado em projetos semelhantes de outros estados, foi da juíza Sandra Magali Mendonça, da Vara da Infância e Juventude de Ilhéus. Segundo ela, não existe previsão legal para o apadrinhamento afetivo, mas a medida é uma solução para garantir convivência familiar e comunitária a crianças e adolescentes institucionalizados. “Muitas vezes esses adolescentes atingem a idade para sair da instituição e não têm ninguém com quem possam contar. Isso é um novo abandono”, afirmou ela.

Os interessados no apadrinhamento podem procurar o Ministério Público (situado na Av. Vereador Marcus Paiva, 490, Cidade Nova, em Ilhéus) ou efetivar o cadastramento na Sala do Projeto, na Faculdade Madre Thais (Av. Itabuna, 1491, sala 117), através de preenchimento de formulário próprio.

Os candidatos a padrinhos serão submetidos a uma avaliação social e psicológica e passarão por um curso de capacitação. As aulas serão ministradas pela ONG Aconchego, de Brasília, e pelos técnicos do projeto. As crianças e adolescentes apadrinhados também serão capacitados para entender quem são e qual a função dos padrinhos. O Ministério Público atuará no processo de habilitação e também na capacitação dos candidatos a padrinhos e madrinhas.

Além do apadrinhamento afetivo, que consiste em dar carinho, cuidado e atenção individualizada ao afilhado, também serão incentivadas outras duas modalidades de apadrinhamento: o de provedor, para dar suporte material ou financeiro à instituição de acolhimento, criança ou adolescente, e o prestador de serviços, para oferecer apoio especializado a eles.