A assistência religiosa nos hospitais está prevista na Constituição Federal. Existe uma lei que regulamenta esse tipo de serviço e especifica que os religiosos devem obedecer as regras e determinações de cada instituição hospitalar.
O diretor administrativo da unidade, Jorge Ribeiro, explica que a decisão leva em conta os riscos que os pacientes correm com a presença de pessoas estranhas nas enfermarias. “Ele [o falso médico] entrou no hospital e clinicou um paciente e saiu sem que fosse abordado. Entrou também sem que fosse abordado de uma forma que nos causou surpresa e nos causou espanto. Então, hoje no hospital existe um critério muito rigoroso quanto a entrada e a saída das pessoas”, destaca.
Os religiosos dizem que ficaram surpreendidos com a decisão, tomada pela unidade médica no início de agosto. Eles afirmam que apoiam um melhor controle de entrada de pessoas no local, mas querem voltar logo a fazer o trabalho que consideram “caridoso”. Entre as ações realizada por eles no local está a leitura de passagens bíblicas para conformar os doentes.
“Essa notícia [da suspensão de vistias], na verdade, nos traz uma preocupação, uma tristeza, porque o papel do religioso, seja de qual for a entidade, de qual for a denominação, é cuidar dos enfermos”, destaca Sueilane da Silva, que faz parte do Grupo de Renovação Carismática da Igreja Católica.
“A gente pergunta para aquele que está recebendo a palavra, aquele que está recendo a visita, o consolo, o conforto, se ele aceita a visita, se ele aceita uma oração. Deveriam ser cadastradas todas as instituições e que esse cadastro fosse verificado na entrada do hospital”, afirma o pastor Gilvan Nunes dos Santos, membro da igreja Batista da Esperança.
A dona de casa Sistarleia Fernandes, que ficou internada na unidade médica após fraturar um dos braços, disse que se sentia melhor quando recebia a visita religiosa. “Conforta o coração, falar de Deus também, pra Deus abençoar que vai ficar boa”, diz. Uma reunião com a direção do hospital e com os grupos de diferentes religiões está marcada para o dia 28, às 8h, na Câmara Municipal de Itabuna. O objetivo é definir regras para melhorar a assistência aos doentes por meio de serviço de capelania. “Juntos, nós iremos debater e iremos conversar sobre como irá funcionar o serviço de capelania no Hospital de Base”, destacou o diretor administrativo da unidade, Jorge Ribeiro.
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