Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou, nesta sexta-feira (26), que instaurou um procedimento para investigar uma internauta que fez um post na rede social Facebook lamentando que o ataque que deixou 22 mortos em Manchester não tenha ocorrido na Bahia.
A publicação foi feita logo depois do atentado, que ocorreu na na noite de segunda-feira (22). O MP apura quem é o autor da mensagem, de onde ela partiu e se o perfil utilizado para a publicação é verdadeiro ou falso. O perfil, que foi excluído da rede social, após a mensagem viralizar e causar revolta, estava em nome de uma mulher que informava ser moradora de Curitiba.
“Só lamento que tenha sido em Manchester e não na Bahia. Seria lindo ver aquele gente nojenta e escurinha da Bahia explodindo”, diz o post. Na mesma rede social, outros internautas se revoltaram e condenaram a postagem.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) encomendou um relatório preliminar para investigar a internauta que fez um comentário racista e xenófobo sobre os baianos em seu Facebook.
A promotora de justiça Livia Vaz, do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (GEDHDIS), vinculado ao MP, disse que, além da abertura do procedimento investigatório, foi envido um ofício ao Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber), também ligado ao órgão, para a realização de um relatório preliminar.
O relatório, conforme o MP, tem a intenção de identificar o autor da postagem, através das informações do perfil na rede social, e o local de acesso, ou seja, de onde a mensagem partiu.
Conforme a promotora, após o resultado do relatório preliminar do Nucciber será avaliado a possibilidade de o MP pedir à Justiça a quebra do sigilo de dados da internauta.
O MP informou que a autora da mensagem pode ser responsabilizada criminalmente por racismo e também civelmente por danos morais coletivos, por ofender a honra dos baiano.
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