Infestação de caramujos africanos mobiliza órgãos de saúde pública em Ilhéus


(Foto: Reprodução/TV Santa Cruz).
(Foto: Reprodução/TV Santa Cruz).

A cidade de Ilhéus vem passando por um período de infestação de caramujo africano. De acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Ilhéus, o Médico Veterinário Aloísio Leite, o molusco foi levado para a cidade nos anos 1980, para ser criado como escargot, porém, virou uma praga.

“Desde que chegaram por aqui se proliferaram muito. Eles estão presentes durante todo o ano, porém, na época de chuva se reproduzem mais por conta da umidade. Nos meses mais quentes, eles ficam no subsolo hibernando”, disse Aloísio em entrevista ao Jornal Correio da Bahia.

O coordenador informou também que os animais já foram observados em todos os bairros de Ilhéus e em alguns distritos vizinhos. Ainda segundo o especialista, o contato com o molusco pode representar risco para população, uma vez que os animais são transmissores de graves doenças.

“Ainda não foram registrados casos na Bahia, porém, na cidade de Recife já diagnosticaram caso de meningite causada pelo caramujo africano”, afirmou. Os animais têm potencial ainda para transmitir uma verminose que perfura o aparelho intestinal.

Para combater a praga, o Centro de Controle de Zoonoses tem utilizado um moluscicida de rápida ação. Segundo Aloísio, o veneno não prejudica outras espécies animais e tem ação prolongada. “Quando aplicamos o produto em determinada área, os moluscos ficam de seis a oito meses sem aparecer naquele local”, garantiu o veterinário.

Ele disse ainda que a população deve evitar ter contato com os caramujos. “Quando alguém encontrar os animais, deve entra em contato com o Centro de Controle para que possamos fazer o combate com o moluscicida”, disse.

O especialista ressaltou que, havendo necessidade, as pessoas que precisarem pegar nos caramujos devem usar luvas impermeáveis ou sacos plásticos para proteger as mãos. “Quando forem descartá-los devem colocar em um saco plástico com uma quantidade de sal, para matar os agentes causadores das doenças que se alojam nos caramujos”, completou.

*Com informações do Correio da Bahia