Prevenir e enfrentar a violência de gênero na Bahia por meio de ações educativas e culturais, incluindo cidades que apresentam elevados índices de violência contra a mulher. Este é um dos objetivos da Caravana Cravos e Rosas na Paz, desenvolvido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), em parceria com o Instituto Avon e apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa itinerante foi apresentada a jornalistas na manhã desta terça-feira (30), em Salvador, pela titular da SPM, Olívia Santana, com a presença das representantes do Instituto Avon, Daniela Grelin, e da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.
De acordo com Olívia Santana, ampliar a participação masculina nas questões que envolvem a violência contra a mulher é uma das metas do governo. “Queremos que haja atitude por parte dos homens que não concordam com a violência contra a mulher, que se engajem e participem desta luta para influenciar outros homens. Não podemos atuar apenas na perspectiva do combate à violência e na punição daqueles que praticam a violência, mas também que agir preventivamente”.
A primeira cidade que irá receber a Caravana Cravos e Rosas na Paz será Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), nesta quarta-feira (30). “São 16 municípios nesta primeira etapa. Queremos chegar a 30. Vamos dialogar com [pessoas de] Camaçari, Dias D’Ávila, Simões Filho e a própria Salvador. Temos uma rede de proteção à mulher em situação de violência naquele município [Camaçari], que precisa ser fortalecida para impactar nos municípios vizinhos”. A lista dos municípios que serão contemplados com a caravana está disponível no site da SPM. Durante a coletiva de imprensa, também foi distribuído material informativos e botons do projeto.
Mobilização
Na ocasião, Daniela Grelin afirmou que o Instituto Avon tem orgulho de ser parceiro do Governo do Estado na Caravana Cravos e Rosas na Paz. “Consideramos que é um projeto pioneiro, que trata em quatro pontos nevrálgicos para o enfrentamento da violência contra a mulher, que são a conscientização da sociedade em si, através dos diálogos e oficinas que ajudem a população a reconhecer as diferentes formas de violência contra a mulher; a mobilização de todos os agentes públicos de forma coordenada, para que eles trabalhem de forma coesa e eficaz no enfrentamento das situações de violência; o apoio ao projeto em si, que tem força de política pública; e também a mobilização de todos os atores da sociedade”.
Já Nadine Gasman, da ONU Mulheres, considera importante que o assunto seja tratado no âmbito jurídico, com o cumprimento da legislação e punições, mas levar o tema para os lares, as escolas, o trabalho e a rua reforça a prevenção. “O feminicídio é a violência máxima, mas estamos preocupados com todos os tipos de violência, desde a violência doméstica, o assédio e o abuso. Estas campanhas que levam a mensagem para homens e mulheres nas ruas, de uma maneira diferente, é uma forma de prevenir a violência. Se os homens são parte do problema, eles têm que ser parte da solução”.
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