Por Gustavo Kruschewsky
De pórtico vale dizer que os Jogos Olímpicos 2016 realizados no Rio de Janeiro terminaram – como era de se esperar – com ganhos de várias medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas por vários atletas individuais e outros participantes de várias equipes a exemplos dos Estados Unidos, 1.º lugar em pontuação, segundo lugar Grã Bretanha, 3.º lugar China, 4.º lugar Rússia e 5.º lugar Alemanha. O Brasil, salvo melhor juízo, alcançou a gloriosa façanha de ficar no décimo terceiro lugar das Olimpíadas 2016, conquistando 19 medalhas, 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze. De toda sorte o Brasil superou o recorde de medalhas que obteve nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e ampliou também o acervo de medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos de Atenas nos idos de 2004. Parabéns para todos os atletas brasileiros em especial para os baianos Isaquias Queiroz (Ubaitaba) e Herlon de Souza (Ubatã) que conseguiram feitos brilhantes nessa Olimpíada. Até que doravante se aumente a febre pela prática da canoagem no interior da Bahia banhado por largos rios, mas que a turma não deixe de ter um tempinho para continuar os estudos até alcançar níveis satisfatórios. Isso é fundamental! Ser desportista deve ser apenas um meio e não um fim em si mesmo na vida da gente.
Não há negar que a festa foi legal! Para quem pôde se deslocar até o Rio de Janeiro, foi melhor ainda. Festa dessa natureza proporciona união entre os povos, solidariedade entre os participantes, muita alegria entre as pessoas, aprendizado e muitas oportunidades para se projetar na vida e conhecer muita gente para diferentes fins. O Rio proporcionou ao Mundo uma “Festa” maravilhosa! Será que financeiramente o Estado e a prefeitura do Rio de Janeiro terão prejuízo nessa empreitada?
Para se ter uma ideia, em entrevista à VEJA, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil e da Rio 2016, perguntado por Monica Weinberg e Thiago Prado – preocupados com o possível rombo nessa Olimpíada 2016 no Rio de Janeiro – de R$250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais), “Se a conta não fechar, quem vai cobrir o rombo?” Respondeu o presidente: “A prefeitura e o governo do Rio”. Prosseguiu Nuzman: “Certamente essa não seria uma questão se a Petrobras tivesse entrado com uma parte nas cotas de patrocínio. Não entendo por que ela não fez isso. É a primeira vez em que a companhia de petróleo do país-sede ficará de fora da olimpíada”. É presidente, o cerco está se fechando aqui no Brasil com essa questão de patrocínio! Considerando – vale aqui anotar – que tanto o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos quanto o Paralímpicos, não têm fins econômicos, portanto, não visam lucros, por que então a PETROBRAS ficou de fora e não ofereceu cotas de patrocínio? Perguntar-se-á.
Mas, segundo os organizadores, os JOGOS OLÍMPICOS 2016 deixaram alguns legados visíveis para a cidade do Rio de Janeiro, a exemplos de “avanço nos transportes públicos e uma infraestrutura que tem tudo para estimular a prática do esporte no país”. Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, dando como exemplos, “as arenas Carioca 1, 2 e 3 também já possuem destinação. Uma será escola municipal, outra um centro olímpico de treinamento e outra concedida à iniciativa privada”. Acho interessante essa questão de ARENAS servirem para funcionamento de escolas, mas, por outro lado, pergunta-se-á: Será que haverá uma manutenção digna desses futuros estabelecimentos de ensino para os estudantes, professores e funcionários? Vamos aguardar. Nessa toada, aproveitando toda a estrutura montada nos Jogos Olímpicos 2016, terão início já em 07 de setembro do andante os JOGOS PARALÍMPICOS do Rio de janeiro com encerramento previsto para 18 de setembro. Naturalmente mais despesas e gastos também para os cofres públicos do Estado e Município (prefeitura) do Rio de Janeiro.
Vale dizer que Eduardo Paes, alcaide do Rio de Janeiro, deu declaração segundo o Jornal da CBN, com Milton Jung, que “o custo total das obras das arenas usadas nos Jogos Olimpícos 2016 foi de R$ 7 bilhões, sendo que 60% vieram do setor privado”. Transparece que a realização das próximas Paralimpíadas aumentará o gasto para o Estado e Município do Rio de Janeiro e com isso haverá um tendência de um possível endividamento para os cofres públicos. Não é demais dizer que o endividamento é uma doença que não tem cura nas administrações públicas do nosso querido Brasil. Se a gente fala em endividamento, portanto, nem pensar em se falar no hábito saudável de saber POUPAR. Esse seria o ideal para todos os seguimentos das ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL, no âmbito municipal, estadual e federal.
*Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky é Professor e Advogado.
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