Nesta quarta-feira dia 17, a cidade de Una, no sul da Bahia, recebeu nova remessa da estrutura pré-moldada que começa a dar forma à primeira unidade de produção de motocicletas do grupo China Yasuna fora do país asiático. O galpão que vai abrigar a montadora está localizado às margens da Rodovia BA-001, a cerca de 400 quilômetros da capital baiana, Salvador. O local foi escolhido pelos investidores chineses levando em consideração o potencial criado a partir de projetos em curso, a exemplo do Porto Sul e da Ferrovia Oeste-Leste.
A vinda do grupo para Una é resultado de articulações capitaneadas pelo governador da Bahia, Rui Costa, atendendo a pedido da administração municipal, que busca atrair empresas, gerando emprego e renda. Em atividade, a linha de montagem vai produzir motocicletas de 50 a 125 cilindradas. A empresa estima que a produção mensal deva atingir cerca de 500 veículos.
Hoje, a estrutura já conta com as fundações e segue o cronograma estabelecido. O investimento do grupo chinês é da ordem de R$ 62 milhões. Em sua fase inicial, deve gerar cerca de 300 empregos diretos na linha de produção, no setor administrativo, de serviços gerais e alimentação. Além disso, outros 150 postos de trabalho devem ser criados, de forma indireta.
Para o vigilante Manuel Rodrigues, morador de Una, a geração de empregos é o principal ponto na vinda da indústria. Segundo ele, há muito tempo o município necessita de novas fontes de emprego e renda, e o trabalho de atração de empresas cumpre essa missão.
Em seu plano de expansão, a empresa chinesa pretende abrir 100 concessionárias no Brasil. Outro compromisso firmado é o de garantir a capacitação profissional para moradores da região. O estudante Gledson Moura, de 16 anos, considera esse um importante passo para manter a juventude unense em sua terra natal. “Hoje, não temos oportunidades de emprego, o que acaba nos afastando de nossa cidade”.
A China Yasuna Group atua há mais de 30 anos no ramo de fabricação e exportação de peças automotivas para motocicletas e ciclomotores, sendo dententora de 20% do mercado global chinês.
Incentivo – As instalações da montadora devem começar a operar em até um ano. A indústria vai iniciar a produção de veículos no município mesmo sem contar com incentivos fiscais.
A prefeita Diane Rusciolelli explica que o poder Executivo apresentou à Câmara de Vereadores Projeto de Lei (PL) que concedia incentivos fiscais à montadora, mas “em um jogo político, vereadores tentaram inviabilizar a vinda da indústria, não aprovando o PL. No entanto, não foi o suficiente para encerrar os planos de instalação, que se concretizam dia após dia”.
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