Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (14) no Salão Verde, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, defendeu a adoção do parlamentarismo no Brasil, mas não agora, para não caracterizar um golpe. Segundo ele, é preciso haver uma longa e detalhada análise de propostas de emendas à Constituição (PECs) sobre o tema por uma comissão mista da Câmara e do Senado Federal.
Cunha explicou que o parlamentarismo não pode surgir como forma de resolver a atual crise política, pois já se tentou isso no passado [pouco antes da instalação da ditadura militar em 1964] e não funcionou. “Uma PEC sobre isso não tramitaria na Câmara em menos de 180 dias”, observou.
Ele lembrou, ainda, que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá que decidir se a instalação do parlamentarismo precisa passar por referendo popular. “Se o STF defender que tem de ser plebiscito, vamos fazer. Se a população referendar, tudo poderá ser possível”, avaliou.
Vale lembrar que em abril de 1993, a população brasileira rechaçou num plebiscito o parlamentarismo e também a monarquia, optando pelo regime presidencialista.
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