Com o sítio aeroportuário de mais de 700 quilômetros quadrados, o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, está situado numa área privilegiada da cidade, entre a Baía da Sapetinga e o Oceano Atlântico. Segundo o superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) – que administra o terminal, Itaíbes Paiva, atualmente, a média mensal do aeroporto é de 50 mil passageiros. Mas em janeiro último, registrou movimento recorde mensal de 74 mil passageiros. Itaíbes prevê que o aeroporto deve superar a média dos últimos meses também neste mês de fevereiro.
Conhecer as belezas de Ilhéus é uma das principais motivações dos visitantes, que também utilizam o Aeroporto Jorge Amado, para se deslocar até cidades do entorno, como Itabuna, Itacaré e Maraú. “A importância e os serviços prestados pelo aeroporto de Ilhéus são maiores que qualquer crítica à sua infraestrutura”, comentou o prefeito ilheense, Jabes Ribeiro, ao receber a estatística recorde do terminal aeroportuário.
De acordo com o secretário municipal de Turismo, Josenaldo Cerqueira, Ilhéus é considerado o terceiro maior destino turístico na Bahia, depois de Salvador e Porto Seguro. “Recebemos milhares de turistas que vêm prestigiar nossa cidade e suas riquezas históricas e naturais que contribuem significativamente para o desenvolvimento econômico da região, movimenta a indústria do turismo e garante empregos e serviços ligados ao setor”, declarou.
Além de contar com um terminal de passageiros com capacidade para atender milhares de pessoas por ano, o Aeroporto Jorge Amado recebe 10 voos por dia e dispõe de restaurante, lojas, locadoras, revistaria, entre outros serviços. A pista do aeroporto tem 1.577 metros, 250 metros a mais que a do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que recebe tráfego internacional. “O aeroporto sempre foi considerado seguro e tem boas condições de altitude, temperatura, velocidade e direção dos ventos, que possibilitam decolagens e pousos com segurança”, destacou o secretário Josenaldo Cerqueira.
Ainda sobre o tamanho da pista, o superintende da Infraero em Ilhéus, Itaíbes Paiva, acrescenta que “o Aeroporto Jorge Amado nunca registrou acidentes graves e que a pista oferece segurança para as manobras de aterrisagem e decolagem e demais procedimentos”. Por sua vez, o presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (Atil), Marco Lessa, lembrou que o aeroporto de Ilhéus passou por adequações com relação a utilização da pista, tanto na limitação do tamanho das aeronaves como no reforço dos equipamentos de segurança da pista. “Caso o Aeroporto fosse perigoso, os órgãos federais, a exemplo da Infraero e Anac, já teriam se manifestado sobre essa situação”, sentenciou Lessa.
História – A história do transporte aéreo de Ilhéus é tão antiga quanto a da própria aviação comercial brasileira. Os hidroaviões da Condor e da Panair do Brasil que viajavam para o Norte do Brasil faziam escala obrigatória na cidade. Em 9 de maio de 1938, foi escolhida uma área de 370.670 m² de terreno para a construção do Campo de Aviação do Pontal. Construído com a função de servir de apoio a aeronaves durante a II Guerra Mundial, o aeroporto era administrado pela Força Aérea Brasileira. Durante essa época, a pista de pouso era de material pouco consistente e em posição diferente da atual. A pavimentação asfáltica ocorreu na década de 1950. A Infraero assumiu a administração do aeroporto em 10 de março de 1981, e promoveu uma série de obras, como a ampliação e reforma do terminal de passageiros, além da construção de cercas e muros para segurança.
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