A vice-prefeita Célia Sacramento (PPL) classificou esta hipótese como “elucubração”. “Não acredito. É impossível a cidade ficar pior do que estava quando o prefeito assumiu. Isso é elucubração mental. Mas ninguém está discutindo isso agora. Estamos trabalhando para melhorar a cidade”, afirmou, em entrevista à Tribuna.
Na mesma linha, o líder do governo na Câmara, vereador Joceval Rodrigues (PPS), ressaltou que a reeleição de Neto é uma vontade do povo.
“É claro que o prefeito que deve fazer essa avaliação pessoal. Nas ruas, podemos sentir que a população quer a recondução dele. A situação econômica é um fato significativo, relevante, mas o prefeito vai primeiro querer ouvir as pessoas nas ruas”, analisou. Embora os aliados do prefeito rejeitem a hipótese do democrata renunciar à reeleição, o próprio gestor municipal reconheceu na semana passada que a gestão da cidade pode ficar inviabilizada. Segundo avaliação dele, se o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidir desfavorável à prefeitura no processo do Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU), a arrecadação de impostos da capital baiana pode piorar ainda mais.
“Eu nem cogito isso. Agora, se o IPTU fosse derrubado, a gente precisaria fechar a prefeitura, porque com a crise econômica que estamos vivendo, se a gente perdesse a nossa principal receita, a cidade ficaria absolutamente ingovernável. Não cogito essa hipótese”, disse Neto, na ocasião. A Corte deve julgar ainda este ano as ações que pedem a inconstitucionalidade do aumento do IPTU protocoladas pela seccional baiana da Ordem de Advogados do Brasil (OAB-BA) e pelo PT, PSL e PCdoB.
Levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo mostrou que de janeiro a outubro de 2015, Salvador teve uma queda de 17,7% na comparação com o mesmo período de 2014. O secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto (DEM), disse, porém, que durante o ano todo de 2015 a queda foi menor do que a inflação oficial (segundo IBGE de 10,67%) quando comparado a 2014.
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