“Crise no abastecimento se deve à falta de seriedade dos governos”, afirma Deputado


Deputado Augusto Castro (PSDB)
Deputado Augusto Castro (PSDB)

O deputado estadual Augusto Castro (PSDB), se mostra preocupado com a crise de abastecimento que afeta Itabuna, e afirma que o problema não pode ser atribuído somente a fatores climáticos.

“Não se deve apenas à falta de chuva, é também uma questão da ausência de investimento em infraestrutura. Uma área que o governo municipal não tem priorizado”, observa o parlamentar.

Para Augusto, a Emasa (Empresa Municipal de Saneamento Ambiental) tem sofrido um processo de sucateamento ao longo dos últimos anos, e muito pouco foi feito para melhorar o abastecimento à população.

“A esperança agora é a barragem do rio Colônia, mas vale lembrar que as obras já deveriam ter sido concluídas há muito tempo, o que evitaria o colapso que estamos enfrentando”, acredita.

As obras da barragem começaram em 2012, mas poucos meses depois, a empresa Andrade Galvão abandonou a construção. Só em outubro de 2015 o governo do estado conseguiu contratar novas empresas, que formaram um consórcio, para dar prosseguimento aos trabalhos. A previsão é de que as obras sejam retomadas em março de 2016, e o prazo para conclusão é estimado em 18 meses.

Augusto vê pouco empenho do governo para viabilizar o projeto e critica ainda a “falta de uma discussão séria e objetiva”, sobre a modernização da rede de abastecimento em Itabuna.

“Hoje, mais da metade da água tratada pela Emasa se perde em centenas de vazamentos antes chegar às casas das pessoas, o que é um absurdo”, critica.

Outro sinal de falta de seriedade nessa questão da água é, para o deputado, a suspeita de que o texto do Plano Municipal de Saneamento Básico tenha sido plagiado pela empresa contratada pela Prefeitura de Itabuna.

“Não é admissível que o governo tenha contratado uma empresa por R$ 500 mil para copiar e colar um documento dessa importância”, condena Augusto.

O deputado defende que a questão do abastecimento de água e do saneamento, incluindo a destinação e o tratamento de resíduos sólidos, precisa ter prioridade.

“Temos uma legislação que determina essa abordagem e pune os municípios pela negligência de seus gestores” enfatiza.