Agência Reuters
A paralisação de trabalhadores da Petrobras impediu a produção de cerca de 25% do petróleo extraído habitualmente pela companhia entre domingo e segunda-feira, disse nesta terça-feira (3) a Federação Única dos Petroleiros (FUP) filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
“Nas primeiras 24 horas da nossa greve, nós paralisamos na Bacia de Campos algo em torno de 450 mil barris de petróleo, que somados ao resto do país, devem chegar próximo a meio milhão de barris de petróleo”, disse o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, em um discurso em frente à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), segundo vídeo publicado pela entidade.
A produção de petróleo da Petrobras em setembro foi de cerca de 2 milhões de barris por dia.
Trabalhadores da plataforma de petróleo P-38 da Petrobras aderiram à greve iniciada na semana passada, elevando para 43 o número de unidades marítimas participando do movimento na Bacia de Campos, região responsável por mais de 70% do petróleo produzido no Brasil, informou nesta terça-feira o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
“No Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé, os grupos que entraram a partir das 23h do dia 1, seguem o indicativo do Sindipetro-NF e ocupam o terminal, porém sem o controle da produção”, disse a entidade em nota.
Em nota divulgada na noite de segunda-feira, a Petrobras disse que “está avaliando os impactos das mobilizações dos sindicatos”.
“As equipes de contingência da empresa foram acionadas e estão operando em algumas unidades. Em alguns locais, estão ocorrendo bloqueios de acessos, cortes de rendição de turno e ocupação”, disse a estatal, sem dar detalhes sobre o impacto à produção e ao refino.
A Petrobras disse ainda que está tomando medidas para manter a produção e o abastecimento do mercado.
Sindicatos ligados à FUP, incluindo o Sindipetro-NF, entraram em greve no domingo. Entidades ligadas à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) tinham iniciado paralisações na quinta-feira.
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