O deputado federal e líder sindical Bebeto Galvão (PSB-BA) prevê momentos ainda mais difíceis para a classe trabalhadora após a decisão da presidenta Dilma Rousseff de fundir o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o Ministério da Previdência Social. O parlamentar considera a medida um retrocesso político que resultará em incalculáveis prejuízos para os trabalhadores, pois irá diluir a importância de dois ministérios responsáveis por zelar pelos direitos da sociedade, justamente num momento em que o trabalhador amarga tempos de crise, simplesmente para atender interesses partidários.
Bebeto faz questão de lembrar que o Ministério do Trabalho foi criado na década de 30, numa época em que os empresários rechaçavam os direitos trabalhistas, e foi se fortalecendo ao longo do tempo, inclusive com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em vigor até hoje, apesar do esforço da elite brasileira que não gosta de povo nem de trabalhador. Na avaliação do deputado, o governo provoca, além de revolta, uma sensação de melancolia, pois extingue um ministério símbolo para o trabalhador, que passou anos para conquistar espaço de destaque e de repente é extinto.
“É triste isso. É duro ver um governo, eleito com a ajuda dos trabalhadores, acabar com Ministério do Trabalho. Com a diminuição do papel do MTE, ganham os empresários e perde o mundo do trabalho”, conclui Bebeto.
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