Do Estadão Conteúdo
Os funcionários públicos marcaram uma greve geral para quarta-feira da semana que vem, dia 23, contra a decisão do governo de congelar por sete meses o reajuste dos salários deles. A medida, segundo o Executivo, vai economizar R$ 7 bilhões aos cofres públicos. Em reunião que acabou na madrugada de terça-feira, 15, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), e mais 20 entidades representativas dos servidores montaram uma estratégia para reverter a decisão do governo. “A nossa meta é colocar pressão para derrubar essa situação que nos foi imposta.Temos que nos preparar para o pior”, disse Sérgio Ronaldo da Silva, da Condsef, nesta quarta-feira, 16.
A entidade reúne 36 sindicatos que representam 80% dos servidores do Executivo. Segundo Silva, no dia 23 haverá greve em todo o serviço público com manifestações nas ruas. Na próxima segunda-feira, 21, os movimentos do funcionalismo público se reúnem com as centrais sindicais para chamar uma greve geral sem prazo definido. Pela estimativa da Condsef, cerca de 100 mil servidores públicos – dos 850 mil do Executivo – estão em greve atualmente. De acordo com o Ministério do Planejamento, a maior parte dos grevistas está lotada nas 56 universidades federais. Entidades sindicais dos técnicos administrativos, dos docentes e dos servidores federais da educação básica dessas instituições estão em greve há mais de 100 dias, em alguns casos. Já os servidores do INSS estão em greve há 70 dias.
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