A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (18) o projeto que reajusta a correção do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), equiparando ao rendimento da poupança, considerada uma importante vitória para a classe trabalhadora. Na prática, a proposta permite que o dinheiro do trabalhador renda mais.
O governo até tentou articular nos bastidores para derrotar o projeto, mas durante o processo de votação, o deputado Bebeto fez um discurso forte no plenário em defesa da classe trabalhadora e o projeto foi aprovado. O governo tenta derrubar o projeto pois o considera como mais um item do que eles chamam de “pauta-bomba”, criticada pelo Planalto por ter impacto nos cofres do governo. Mas Bebeto rebateu ao dizer que “bomba” na verdade é o arrocho que os trabalhadores estão enfrentado com a estada do ministro da Fazenda, com o corte de direitos trabalhistas e previdenciários.
Atualmente, o rendimento do FGTS é de 3% mais a Taxa Referencial (TR), que, normalmente, fica perto de 0%. O texto aprovado estabelece que a remuneração do fundo aumente de forma gradual até chegar a cerca de 6%. Com a aprovação do projeto, no primeiro ano, o FGTS será corrigido em 4% mais TR; no segundo ano, 4,75% mais TR; no terceiro ano, 5,5% mais TR; e no quarto ano, terá as mesmas regras da poupança. A nova taxa, que ainda precisará ser aprovada no Senado, valerá para os depósitos feitos a partir de 2016.
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