A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara dos Deputados para investigar casos de violência e assassinatos contra jovens negros, batizada popularmente como CPI do Extermínio da Juventude Negra, chegou à conclusão dos trabalhos com a aprovação do relatório final apresentado pela deputada carioca Rosângela Gomes (PRB), que foi aprovado por unanimidade pelo colegiado. Membro da CPI e militante do movimento negro da Bahia, o deputado Bebeto Galvão (PSB) destacou o papel da comissão durante o período em que o colegiado se deslocou para diversas cidades brasileiras para apurar o genocídio da juventude negra e tentar encontrar soluções para combater o grave problema. Na Bahia, por exemplo, a CPI realizou diligências em Salvador e Itabuna.
O relatório propõe, dentre outra coisas, a criação de um Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens e prevê a destinação de 2% da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI para serem utilizados em políticas públicas de combate à violência contra jovens negros. “A Comissão realizou um trabalho muito sério e comprometido, ouvindo os movimentos sociais, ativistas do movimento negro, realizando audiências públicas, indo in-loco nas cidades para identificar os problemas e por fim apresentar um documento propondo uma série de recomendações ao Poder Executivo, ao Ministério Público e ao Judiciário para tentar rever essa situação vivenciada pelos jovens”, afirma Bebeto, que também parabenizou a atuação dos colegas baianos membros da CPI, Davidson (PCdoB) e Bacelar (PTN).
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