Com a experiência de ter construído 67% da malha ferroviária da China, a Companhia de Engenharia Ferroviária da China (China Railway Engineering Group) poderá participar da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). A empresa vai estudar a possibilidade de participar da implantação do trecho de aproximadamente 500 quilômetros de trilhos, entre os municípios de Caetité, na Bahia, e Campinorte, em Goiás, para se entroncar com a Ferrovia Bioceânica, ligação entre o Brasil e o Peru, que está sendo estudada pelos governos do Brasil e China.
A companhia chinesa possui R$ 1 bilhão em caixa para investimentos no Brasil e a Bahia é um dos alvos. Tudo isso foi apresentado em reunião realizada, na noite de terça-feira (16), na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em Salvador, entre o secretário Jorge Hereda, o subsecretário Paulo Guimarães e o vice-presidente da China Railway, Song Jingjing, durante apresentação de projetos de interesse do grupo chinês para investimentos no estado.
Sistema logístico
A Fiol está hoje sob a responsabilidade da Valec, empresa de construção e exploração de infraestrutura ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes. “O trecho da Fiol, que ainda não está construído, pode ser feito pela iniciativa privada, através de capital chinês. O projeto inicial apontava traçado até Figueirópolis, no Tocantins. Com a Bioceânica, a parada final deverá ser em Goiás”, disse Guimarães.
Segundo Song, a China Railway, uma das empresas mais importantes do país, iniciou as atividades como empresa ferroviária e hoje atua em diversas áreas de infraestrutura. “Construímos mais de 50 mil quilômetros de ferrovia em nosso país. Temos um sistema logístico moderno e eficiente. Nossa malha ferroviária é toda energizada (não usa combustível fóssil) e nossos trens podem chegar a uma velocidade média de 120 km/hora”.
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