Comissão da Câmara Federal vem à Bahia para discutir paralisação de estaleiro


Deputado Federal Bebeto Galvão (PSB).
Deputado Federal Bebeto Galvão (PSB).

A Comissão do Trabalho, Administração e Serviços Públicos (CTASP), da Câmara dos Deputados, fará uma inspeção técnica na próxima sexta-feira (22) ao local da obra paralisada do Estaleiro Paraguaçu, um projeto que foi iniciado em 2013, em Maragojipe, no Recôncavo baiano, com um investimento previsto de U$ 2,7 bilhões para construir seis navios sondas que serão utilizados para explorar petróleo em águas profundas.

Coordenada pelo deputado federal baiano Bebeto Galvão (PSB), membro titular da comissão e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (SINTEPAV-BA), a visita técnica à Bahia terá a presença de dezenas de parlamentares federais, entre deputados e senadores de diversos estados, além de prefeitos e vereadores da região, sindicatos e investidores que apostaram na região diante da expectativa de crescimento econômico em torno do projeto.

Primeiro a comitiva irá pela manhã ao local do canteiro de obras, situado no distrito da Enseada, de modo que a comissão consiga mensurar o tamanho físico do prejuízo causado com a paralisação das obras. Em seguida, a comissão realizará uma audiência pública em Salinas da Margarida, município vizinho ao empreendimento e um dos mais prejudicados com o problema. Bebeto informa que “a audiência irá reunir depoimentos das figuras prejudicadas com a situação, como comerciantes, pequenos empresários, trabalhadores, para que sejam propostas medidas que garantam urgentemente o retorno das atividades.”

“As discussões centrais serão travadas de forma a pressionar o governo federal a viabilizar condições para que o Estaleiro retome o curso de atividade. A Bahia não pode perder um investimento desse porte. O empreendimento chegou a gerar sete mil empregos diretos na obra. Perder o Estaleiro significa dizer que a Bahia vai perder R$ 20 bilhões em movimentação, que é o tamanho previsto até 2020. O Estado fez uma opção ao receber o empreendimento, e isso gerou uma mudança significativa na realidade da Bahia. Tirar isso de nós de repente já gerou um tsunami social sem tamanho, com desemprego, violência, queda no comércio, falência. Não podemos retroceder dessa luta. O governo do estado também precisa interferir, assim como a bancada federal baiana e a própria”, declara Bebeto.

A crise começou quando a operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobrás envolveu nomes de diretores de empresas ligadas ao empreendimento, e então os financiamentos foram suspensos e as atividades foram parando. Mas na opinião do deputado Bebeto, é preciso fazer uma distinção entre estado, instituição, empresas e pessoas. “Quem tem culpa que pague pelo seu erro, mas a Bahia não pode pagar um preço tão alto. Já fomos sacrificados demais com isso. São milhares de pais de família passando fome por culpa de alguns. Esses alguns é quem precisam pagar, mas não a população, nem os trabalhadores”, desabafa Bebeto.

A crise começou quando a operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobrás envolveu nomes de diretores de empresas ligadas ao empreendimento, e então os financiamentos foram suspensos e as atividades foram parando. Mas na opinião do deputado Bebeto, é preciso fazer uma distinção entre estado, instituição, empresas e pessoas. “Quem tem culpa que pague pelo seu erro, mas a Bahia não pode pagar um preço tão alto. Já fomos sacrificados demais com isso. São milhares de pais de família passando fome por culpa de alguns. Esses alguns é quem precisam pagar, mas não a população, nem os trabalhadores”, desabafa Bebeto.