Uma década de PDT


Por Jamesson Araújo

pdt-bandeira_14O ex-presidente do PDT, Fred Gedeon III desabafou em rede sociais e no Programa Tropa de Elite, atacando o jeito que o PDT foi tomado de suas mãos, e entregue ao grupo do vereador Alisson Mendonça (PT). Fred se declarou inimigo do vereador petista, e afirmou que vai com toda força, lutar contra seu projeto político, além de afirmar que a cúpula do PDT não teve ética, e tem caráter duvidoso.

Há dez anos à frente do PDT, será que Fred não apreendeu como é feita a política ?

Por falar em ética, Fred Gedeon III esqueceu que em 2004 traiu o seu grupo político, surrupiando a ata assinada pelo diretório, e se escondendo em um hotel na zona sul da cidade. A atitude dele tinha um propósito: Dar apoio ao então candidato a prefeito Roland Lavigne. Contra a maioria do diretório, foi à Salvador para pedir guarida aos seus amigos da executiva estadual do PDT, Severiano Alves e Alexandre Brust, que validaram a ata, passando por cima da vontade da esmagadora maioria do partido no município.

Lembro-me que naquela época, a vontade da maioria levava em consideração o lançamento de candidatura a prefeito, tendo como nome Ozeias Gomes. Sendo impossível o lançamento deste nome, em razão de fatores externos, fosse firmada coligação com Valderico Reis, pois era o único candidato que franqueava o cargo de Vice ao PDT, sendo Ozeias Gomes o nome de consenso. Pelos desdobramentos da história ilheense, ele seria prefeito, ao invés de Newton Lima, em razão da cassação de mandato ocorrida em 2007.

Lembro-me também que existia um pequeno grupo, formado pelo agora presidente do PDT, Fernando Hughes, e Chico Xavier, que também desejava que o PDT lançasse candidato próprio, sendo suscitado o nome do próprio Fred Gedeon III. Em não sendo viável sua candidatura, também em razão de fatores externos, que fosse firmada coligação com Dr. Ruy, então candidato pelo PT na época.

O desenlace dos fatos já foram ditos acima: Fred Gedeon III, com seu fiel escudeiro Joel, esconderam-se com a ata e, contrariando seus companheiros de partido, firmou aliança com Roland Lavigne. Porém, o castigo veio. Quem se recordar saberá que Roland Lavigne “desistiu” de sua candidatura, indo apoiar Dr. Ruy. Como ficou Fred Gedeon III? Supõe-se que a ver navios.

O mais curioso disso tudo, aumentando ainda mais a postura paradoxal do agora ex-presidente do PDT, tornou-se secretário de Agricultura, Pesca e Interior no GOVERNO DE VALDERICO REIS. Para quem duvidar clique aqui, sendo sua esposa também incluída no rol dos cargos comissionados.

Novamente, agora em 2013, sua esposa, acredita-se por conta de sua adesão e fidelidade ao jabismo, assume novamente cargo de Auditora de Controle Interno de Gestão Operacional na Controladoria Geral do Município, Símbolo CNT-III, na prefeitura. Quem duvidar vá à página 10, na seguinte página de internet clicando aqui.

Portanto, estranha-se quando o agora ex-presidente do PDT, em rede social, diz: “Percebo que hoje se troca a legenda do PDT, por apoio político, passando por cima de uma história partidária, de pessoas que vinham, sem nunca ter ganho nada do partido, nem mesmo um cargo qualquer, para um dos seus filiados.”, já que seus ganhos de cargos estão estampados. Difícil, em dias de hoje, apagar-se da memória fatos que facilmente são comprovados pela internet.

Nada temos contra o Sr. Fred Gedeon III, mas apenas não custa nada lembrar que a prática que condena, que em verdade faz parte do jogo político, já foi bastante utilizada por ele, valendo ainda esclarecer que, desde 2004 que o PDT não tem uma eleição para Diretório em Ilhéus. Ele sempre se manteve com comissões provisórias. Uma simples visita ao site do TSE comprova isso.

Por fim, por fazer parte do jogo político, a mudança de direção no PDT não é condenável. Apenas será se o atual presidente vier a adotar as mesmas práticas para se perpetuar no comando da legenda em Ilhéus. Aguardemos, pois há promessa de eleição para o Diretório ainda esse ano, e início de 2015.