Desceu pelo ralo a “harmoniosa” relação entre o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), atualmente duas das maiores forças políticas baianas. O motivo da confusão é a licitação do transporte público da capital do estado.
ACM Neto não gostou do ofício, enviado pelo governador, solicitando a suspensão do processo licitatório e considerou o documento “uma afronta à soberania” de Salvador. “Não vamos parar o processo porque não reconhecemos a força da lei que criou a Entidade Metropolitana e, principalmente, porque a cidade não suporta mais o modelo atual. O governador Jaques Wagner quer que o cidadão continue sofrendo para andar de ônibus e nós queremos resolver o problema, oferecendo conforto e transporte de qualidade à população. Como fui eleito para cuidar da população e sei que a melhoria passa pela licitação, não vou suspender o processo”, disse o prefeito.
ACM afirma que a licitação era de conhecimento público e começou no ano passado. “Será que só agora o governador tomou conhecimento? Antes de encaminhar um ofício solicitando a suspensão da licitação, por que o governador não pergunta se os usuários estão satisfeitos com o atual modelo?”, indagou.
O prefeito ainda diz que o ofício é uma medida política. “É um caso claro de dois pesos e duas medidas ou de decisões tomadas de acordo com conveniências políticas. Quem será prejudicado, consequentemente, é o povo de Salvador. Quando a política toma lugar da coisa pública, quem perde é a população”. ( Diário do Poder )
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