Pais e trabalhadores não descartam possibilidade de greve geral em Ilhéus


Paralisação 1Pais de alunos e trabalhadores em educação da rede municipal de Ilhéus realizam uma nova reunião nesta sexta-feira, dia 04, às 8h30min, na Câmara de Vereadores, em sinal de protesto contra a decisão do prefeito Jabes Ribeiro de não cumprir a lei que determina o pagamento do piso nacional dos professores e o reajuste salarial anual dos demais servidores e também por se recusar a negociar com a categoria. No encontro também será discutido sobre a situação grave da educação em Ilhéus, com escolas em péssimas condições de funcionamento, sem transporte e sem merenda escolar.

Os trabalhadores e pais não descartam a possibilidade de realizar uma greve por tempo indeterminado, já que a pauta da campanha salarial de 2014 foi protocolada na Prefeitura em dezembro do ano passado, mas até agora o governo não apresentou uma proposta de negociação. No ano passado os trabalhadores em educação realizaram uma greve de mais de 80 dias e como o governo municipal insistiu em não conceder a reposição salarial, os sindicatos decidiram ingressar na justiça para cobrar seus direitos. Em sua decisão, a juíza da Vara do Trabalho deu ganho de causa aos trabalhadores, mas o prefeito se recusa a atender à determinação judicial.

A presidente da APPI/APLB-Sindicato, Enilda Mendonça, explica à categoria que não haverá paralisação nesta sexta-feira, mas sim uma assembléia para discutir os caminhos que serão trilhados pelos trabalhadores em educação, com o apoio dos pais de alunos, caso o governo municipal insista em não conceder o piso nacional e a reposição salarial previsto na lei.

Ainda no encontro será discutido sobre a decisão do prefeito Jabes Ribeiro de descontar dos salários, de forma arbitrária e ilegal, os dias em que foram realizadas paralisações e assembléias dos trabalhadores, como forma de intimidar os servidores para que não lutem pelos seus direitos. A APPI já entrou com um mandado de segurança na justiça denunciando a ilegalidade e solicitando o imediato reembolso dos recursos descontados de forma ilegal.