O Partido dos Trabalhadores (PT) criou o Núcleo de Políticas Urbanas que vai reunir militantes dos movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia, por mobilidade e transporte público, por melhorias nos bairros periféricos, além de engenheiros, arquitetos, e urbanistas. Durante o seminário “Direito à Cidade”, realizado no auditório do Sindquimica, no último sábado (7), em Salvador, o PT também voltou a filiar um dos líderes do Movimento Passe Livre, Walter Takemoto, e pediu debate público para a construção do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da capital. A volta do militante aos quadros do PT acontece junto com a filiação de diversos militantes ligados ao debate da mobilidade urbana e do direito à moradia que “representa uma iniciativa de grande importância para a elaboração de políticas voltadas para subsidiar os militantes do partido nos debates sobre a cidade”.
Para os membros do PT baiano, o novo núcleo possui ainda o papel estratégico. “A criação do núcleo ajuda a enfrentar as ações que partem do executivo e que ferem os direitos da grande maioria da população, e tornam nossa cidade ainda mais excludente e dividida, como é o caso da licitação dos transportes coletivos e do Projeto Lei 121/14. Essa articulação é importante, pois temos pela frente o grande desafio de construir um Plano Diretor para Salvador, e que não queremos que a sua elaboração e aprovação se restrinja ao debate técnico entre especialistas, vereadores e a prefeitura”, destaca Takemoto. “Com essa iniciativa, o PT quer trazer para o ambiente urbano o debate sobre a necessidade de incluir as questões sociais e de cidadania na elaboração do planejamento da cidade”, completa o presidente dos trabalhadores na capital, Edson Valadares.
Já o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, falou sobre a necessidade deste debate se expandir para o interior, “chegando a todos os cantos da Bahia e criando uma grande mobilização em torno destas importantes pautas”. O secretário de Movimentos Populares do PT, Eudes Queiroz, avaliou o momento como fundamental para o crescimento do movimento social baiano, assim como a vice-presidente do PT de Salvador, Luana Soares, que ressaltou a necessidade de “viabilizar os setores que historicamente tiveram seus direitos à cidade negados e ficaram invisíveis como cidadãos e cidadãs”.
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