A Justiça encontrou indícios de falsidade numa tentativa da BBom , suspeita de ser uma pirâmide financeira , de liberar R$ 20 milhões. Parte desse recurso serviria para pagar funcionários, mas alguns dos nomes apresentados não aparecem como empregados da Embrasystem – a dona da marca BBom – no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), a base de dados do governo federal sobre trabalhadores.
O desencontro de informações levou a juíza Luciana Gheller, da 4ª Vara Federal de Goiás, a intimar a Embrasystem e o seu proprietário, João Francisco de Paulo. O objetivo é que eles apresentem documentos para “afastar os indícios de falsidade da afirmação” de que os nomes apresentados são de funcionários da BBom.
Os donos da empresa apresentaram uma relação de cerca de 120 funcionários para ajudar a justificar a liberação dos R$ 20 milhões – a decisão determinava o congelamento de R$ 300 milhões. Os vínculos empregatícios de 17 deles, entretanto, não teriam aparecido no CNIS. Outros, que tiveram os vínculos confirmados, foram contratados depois do bloqueio da empresa, apontou a decisão.
Caso fique provada a falsidade, escreveu a juíza, a Embrasystem poderá ser multada. Procurados, os representantes da empresa não quiseram se pronunciar, nem prestaram informações “em respeito à ordem legal de sigilo.” ( IG )
A BBom também tem tido questionadas transferências feitas a outras empresas. O Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), responsável pelas investigações, iniciou processos contra ao menos duas outras companhias. Uma delas, fundada e administrada pelo dono da Embrasystem até 2012, é detida por uma firma de investimentos com sede num paraíso fiscal .
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