Para Enilda Mendonça a proposta de Jabes dificilmente será aceita amanhã
Em reunião com os representantes dos sindicatos dos servidores municipais de Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro, protagonizou mais uma cena de desrespeito e ao invés de conceder a reposição salarial, propôs uma redução de 20% nos salários dos trabalhadores. Num jogo de números, gráficos e encenações, Jabes Ribeiro anunciou a proposta de que concederia a revisão salarial de 5,84%, mais a concessão do piso nacional da Educação, de 7,97%, para os professores. Em contrapartida faria a redução em 20% da jornada de trabalho de todos os servidores, excetuando-se aqueles com salários de até R$ 1 mil, ou seja, reduziria o salário de quase 90% de todos os trabalhadores da Prefeitura de Ilhéus.
Ouvida agora há pouco pela reportagem do Jornal Bahia Online, a presidente da APPI, professora Enilda Mendonça disse que apresentará a proposta em assembléia, mas que dificilmente será aceita. “Não podemos assinar um acordo onde se reduz salário de servidor que ganha acima de mil reais e que não concede nenhum reajuste aos professores”, afirmou. Segundo Enilda, a proposta que pode parecer uma solução para a opinião pública é uma armadilha para o servidor.
Os sindicatos de todos os servidores públicos municipais consideraram a postura do prefeito como imoral e desrespeitosa, mas preferiram não discutir durante a reunião, deixando que os trabalhadores avaliem a proposta na assembleia geral que acontecerá nesta quarta-feira (25), às 8 horas da manhã, no ginásio de esportes Herval Soledade. “Serão os trabalhadores que estarão decidindo se aceitam ou não a proposta de redução dos seus salários”. O mais grave, segundo os líderes sindicais, é que o prefeito ainda propôs penalizar os servidores efetivos, mas manteria todos os cargos comissionados, os contratados nomeados por ele e os servidores de empresas tercerizadas.
Durante a reunião os presidentes dos sindicatos fizeram um apelo ao prefeito Jabes Ribeiro para que cumpra o que determina a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal, assinando o acordo de campanha salarial, garantindo o reajuste dos trabalhadores, para que a cidade volte à sua normalidade. Os sindicalistas também contestaram que, ao invés de trazer uma proposta de aumento de receita na prefeitura, para que a cidade possa arrecadar mais e receber mais investimentos, o prefeito se preocupou em penalizar e perseguir os trabalhadores com a redução dos salários.
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