Servidores evitam que governo corte pagamento dos trabalhadores em greve


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O Governo municipal de Ilhéus pretendia fazer uma folha de pagamento deixando de fora os trabalhadores que estão em greve, repassando os salários apenas dos cargos comissionados e contratados, excluindo os concursados e efetivos. Acontece que a informação foi passada na manhã  desta quarta-feira aos presidentes dos cinco sindicatos dos servidores públicos municipal, que consideram a atitude arbitrária e leviana, já que a greve não foi considerada ilegal e portanto todos tem o direito de receber os salários.

Em assembleia das categorias realizada na manhã desta quarta-feira, os servidores decidiram então visitar os setores de pessoal e de contabilidade da Prefeitura de Ilhéus, convidado os demais trabalhadores que ainda estavam em serviço para que juntasse ao movimento, deixando de fazer a folha de pagamento que excluía os servidores em greve. Os servidores também solicitaram que as portas da Prefeitura fossem abertas para que os contribuintes pudesse efetuar o pagamento dos impostos, evitando prejuízos para o município.

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Os trabalhadores estarão realizando uma nova assembleia na manhã  desta quinta-feira, às 8 horas da manhã, em frente ao Palácio Paranaguá, para repassar o resultado da reunião com representantes do governo municipal e avaliar os rumos do movimento grevista. Os servidores também estarão decidindo sobre as atividades que serão realizadas durante o desfile cívico do dia 07 de setembro.

A greve geral de todas as categorias de servidores públicos municipais de Ilhéus já beira os 50 dias. Os líderes sindicais foram unânimes em afirmar que tem feito tudo que é possível para assinar o acordo e acabar com a greve, mas o governo municipal se recusa a cumprir o que manda a legislação, que é a revisão salarial anual prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal. Além de não reivindicar o reajuste e sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas.

Os sindicatos dos trabalhadores também se comprometeram em continuar nas discussões com o governo para analisar os verdadeiros índices da folha de pagamento e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município. “Os servidores querem trabalhar. Acabar com a greve depende apenas do prefeito”, explicaram os líderes sindicais.