Demissões de Servidores: Uma indecência que merece reação civilizada


mirinho[message_box title=”Por Aldircemiro Duarte – Mirinho ” color=”red”]”Em qualquer das hipóteses de demissão, o Prefeito demonstra o seu caráter de político cruel e a sua incapacidade administrativa, porque só sabe governar com dinheiro na mão”.[/message_box]

O Prefeito Jabes Ribeiro parece que está muito dodói da cabeça. Ele tentou infrutiferamente induzir o PC do B apoiá-lo na empreitada de demitir 400 servidores, enquanto na Rádio Metrópole, em entrevista concedida a Mário Kertész eleva o número de demissões para  700 servidores municipais de Ilhéus. Isso nos leva a concluir que além de dodói, ele é um contraventor da verdade. Em qualquer das hipóteses de demissão, o Prefeito demonstra o seu caráter de político cruel e a sua incapacidade administrativa, porque só sabe governar com dinheiro na mão.

Não podemos cruzar os braços diante de tantos despautérios. Vamos reagir civilizadamente a essas ações nefastas, pois, silenciar é convir com as indecências desse governo.

Os defensores do Prefeito argumentarão a legalidade do ato demissionário, para aqueles servidores admitidos até cinco anos antes da promulgação da Constituição Federal, ou seja, no período 1983/1988, enquanto, omite que essa não é a opinião pacifica dos renomados juristas brasileiros acerca da matéria sob exame, bem como, se esquece que a crise que assola o município não decorre da culpa dos servidores, mas, por conta das sucessivas más gestões  nesses últimos 30 anos.

Por que, além de outras  sugestões, ao invés de defenderem as demissões de servidores, não propõem a elaboração de uma petição eletrônica a ser encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, cobrando celeridade no trâmite dos processos, dos quais fazem parte no pólo passivo, agentes políticos de Ilhéus, acusados do crime “ Ficha Suja”, para, em caso de condenação devolverem ao Erário o volume de dinheiro subtraído da população?

Mas, foquemos na Câmara de Vereadores, porque todo ato nocivo emanado do Paranaguá tem a nocividade aquiescente da maioria do Teodolindo, aliada a lentidão de Epaminondas.

O edil que trabalha não se prende tão-somente a indicações, papel mais apropriado para lideres comunitários, nem a Projetos de mudanças de nomes de ruas, nem a outorga de títulos de cidadão ilheense, a “polítiqueiros” que jamais moveram qualquer esforço em favor da nossa municipalidade. São ações improdutivas. Politiqueiras.

Não precisamos nominar, mas, apenas uns 04 vereadores têm resistido brava e abertamente a esse estado de miséria instalado pela atual administração municipal. A comunidade tem capacidade de discernimento para observar e separar o joio do trigo, pois, Ilhéus é um oceano de carência de políticas públicas, portanto, existe um universo de motivos para elaboração de Projetos sérios com a finalidade de reverter o caos no qual estamos mergulhados. Assim, aos mais ou menos 04 edis que têm resistido com impavidez na defesa dos nossos interesses e mesmo sabendo das desvantagens de constituírem uma minoria, ainda assim se ousam e se rebelam apresentando trabalhos através de projetos sérios. Eles têm o nosso reconhecimento.

Não nos permitamos iludir-nos com discursos de direita, nem de esquerda, baseados em ideologias partidárias, mesmo porque as pesquisas nos mostram que 81% da população brasileira têm nos Partidos Políticos a conta dos mais corruptos, seguido do Congresso Nacional. Aliás, os Partidos Políticos só perdem em rejeição para o prefeito de Ilhéus que atingiu ao pico de 82% de descrédito administrativo.

Há, também, uns  04 edis que têm vontade de trabalhar, mas, são impedidos pelo próprio grupo ao qual integram e por temerem retaliações se transformam em “catendes” a balançar cabeça: “sim senhor”, “tudo bem”, “eu aprovo o que o senhor mandar”,…. . A esses que nem fedem, nem cheiram, a nossa indiferença.

Os demais formam o grupo do “blá, blá, blá” e têm como Hino a música de Rita Lee: “Nada melhor do que não fazer nada”. A esses, o nosso repúdio.

Se deixarmos a critério, cada Vereador se auto-incluirá no grupo dos que trabalham, quando, na verdade a maioria faz parte do “blá, blá, blá”. Estes discursarão opondo-se às demissões, mas votarão de acordo a vontade palaciana. Com Valderico Reis foi assim.

Entretanto, se apoiarmos aos que trabalham, tornar-nos-emos uma comunidade forte com poderes suficientes para conter o ímpeto dos oportunistas e preguiçosos que atrapalham, porque, sem a conivência de Teodolindo, Paranaguá não sobreviverá.

Para conter despesas, a demissão de servidores é a última das alternativas a ser adotada dentre enumeráveis outras que obrigatoriamente deverão, por força de lei, ser praticadas pelo Alcaide com essa finalidade.

Acreditamos na força pacifica e inteligente da população contra demissões de servidores e de todos os demais atos nocivos praticados pelo prefeito contra os ilheenses.

Mas, para quem já conhece as artimanhas do Prefeito, em cada gesto seu, há sempre uma suspeição. Demitir 700 servidores é uma “loucura exagerada”. De tão absurda, chega a ser fantasiosa. Portanto, cá com os nossos botões: Quem sabe se o alarde das demissões não seja um meio de atrair para o seu ninho os segmentos sociais, considerando que a sua proposta de Pacto Social morreu antes de nascer ?

Se alguém deve tomar providencias contra os desmandos, esse alguém: “ É NÓIS”.

Aldicemiro Duarte é estivador e coordenador do Comitê de Entidades Sociais em Defesa de Ilhéus e Região (Coeso)